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Se não forem adotadas medidas práticas e imediatas no sistema viário do Rio, a cidade deverá bater recordes de engarrafamentos durante as Olimpíadas de 2016. A frota atual de 1,8 milhão de automóveis ultrapassará os 3 milhões até 2020, o que representará um carro para cada dois moradores. O resultado será o aumento dos congestionamentos, que praticamente vão durar o dia todo, atingindo um número maior de ruas e avenidas, alerta a Agência Brasil. A previsão consta de um estudo do Programa de Engenharia de Transportes da Coordenadoria de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ). A equipe coordenada pelo professor Paulo Cezar Ribeiro projetou o número de veículos baseada no crescimento verificado nos dez últimos anos. Em 2001, a frota na cidade era de 1,3 milhão de automóveis, 500 mil carros a menos do que atualmente.
"Os congestionamentos serão mais extensos, começando antes e terminando depois, e vão abranger um maior número de ruas. Isso é inevitável", afirmou Ribeiro, que alertou para a falta de planejamento de longo prazo, em períodos que vão além dos mandatos dos governantes.
Ele lembrou que muito do que existe no Rio em avenidas expressas, túneis e elevados foi projetado ou construído há mais de 40 anos, ainda na época de Carlos Lacerda, que governou o antigo estado da Guanabara de 1960 a 1965.
Ribeiro alertou que, se não forem executados melhoramentos viários agora, a situação chegará a um nível crítico em um futuro próximo. "Se a frota continuar aumentando com a taxa dos últimos dez anos, vão se agravar ainda mais os congestionamentos. Os governantes vão ter que investir em transportes púbicos de qualidade, como metrô, trem e BRT (ônibus em corredores expressos), mas melhorar também o sistema viário, porque as pessoas vão continuar a andar em transporte particular."
Segundo o estudo da Coppe, nos últimos anos a frota de carros dos municípios do Rio e de Niterói cresceu em média 28%. Em outras cidades, o aumento foi ainda maior, chegando a 38% em Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e 43% em Campos dos Goytacazes, no norte do estado.
Fonte: Agência Brasil, 25 de abril de 2011

Categoria: Geral


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