Nas próximas semanas, haverá uma "integração provisória" entre a Estação Pinheiros e a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Como a estrutura que liga as duas redes ainda não está totalmente pronta, usuários terão de retirar um tíquete ao sair do metrô e dar a volta para acessar gratuitamente a CPTM - o mesmo valerá no sentido contrário.
"Estamos tentando antecipar essa data o máximo possível, mas, por enquanto, está mantido o compromisso oficial de fazer a integração total até o dia 30 de junho", disse o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, durante evento de entrega de três novos trens para a Linha 12-Safira da CPTM no dia 26 de abril. "Ele (o usuário) sai da Linha 9 da CPTM, anda um trecho a pé com esse tíquete e entra na Linha 4. Tem de dar a volta em uma quadra."
Como as Estações Paulista, Faria Lima e Butantã, a Pinheiros deve funcionar inicialmente das 4h40 às 15 horas. E a previsão é que a Linha 4-Amarela só funcione em operação integral - entre 4h40 e 0h15 - no segundo semestre, após a entrega das duas próximas estações prometidas: Luz e República (previstas para serem abertas até dezembro). A partir de então, a rede também passará a funcionar nos fins de semana - hoje o funcionamento é só de segunda a sexta-feira.
Nova vizinhança
A notícia da inauguração da Estação Pinheiros agradou aos moradores e comerciantes do bairro na zona oeste da capital. Todos esperam os benefícios de ter uma linha de metrô por perto e dizem não suportar mais o longo período de obras. Quatro anos após a cratera, muitos moradores antigos de Pinheiros deixaram o bairro e cederam lugar para gente mais jovem, que chegou atraída pelos baixos preços do aluguel depois da cratera.
Os engenheiros Pedro Valiati e Diogo Almeida também aproveitaram as condições para montar na Rua Gilberto Sabino - atrás da estação - o escritório da empresa. "A casa tem umas rachaduras e não dá para saber se são por causa da obra. No restante, a estação aqui será boa para nós. Quando tivermos reuniões fora, a locomoção será mais fácil", afirmou Valiati.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 27 de abril de 2011