Sempre que a pessoa pisar sobre a faixa de pedestres nos 11 pontos escolhidos, orientadores de tráfego vão balançar bandeiras na frente dos veículos. Agentes da CET, cujo efetivo será reforçado nessas áreas, também deverão parar o trânsito para garantir a travessia segura.
Parte do programa da capital paulista será inspirada no que foi adotado em Brasília em 1998. Um forte trabalho de conscientização e o aperto na fiscalização fizeram aumentar o respeito às regras de trânsito, principalmente em relação aos pedestres. Na capital federal, em vias não expressas, todos os veículos são obrigados a parar - e param - sempre que uma pessoa usa a faixa de segurança.
Uma diferença em relação a São Paulo é que os trabalhos na maior cidade do País serão aplicados em três casos: sem semáforo, apenas com semáforo para pedestres e em locais com semáforos para pedestres e motoristas. Além de trabalhar na conscientização, a CET estuda eliminar "pontos de conflito" entre motoristas e pedestres, como no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua Augusta.
Multas
Apesar de reconhecer a importância das medidas, motoristas temem que a nova postura do poder público seja mais uma forma de arrecadar recursos para os caixas da Prefeitura. "Tem de multar quem desrespeitar a regra, mas não pode punir também motoristas que não pararem em faixas de pedestres em que o fluxo de carros é contínuo. É mais fácil um pedestre esperar do que parar toda uma avenida", diz o gerente administrativo Daniel Lourensso.
Os pedestres, por sua vez, acreditam que apenas multas pesadas podem trazer mudanças. Eles também reclamam da falta de agentes e PMs nas esquinas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 29 de abril de 2011