São seis os novos equipamentos, que podem ser usados em 65 pontos da cidade. Eles focam as placas dos motoqueiros apressadinhos e batem uma foto digital. A imagem é criptografada, armazenada em um cartão, e depois descarregada para análise.
"Como é portátil, podemos trabalhar em até quatro locais no mesmo dia. O objetivo é a redução dos acidentes entre os motoqueiros", diz Dulce Lutfalla, assessora de fiscalização da CET.
Até então, os 576 radares fixos existentes não davam conta do recado: as motos escapam deles por circularem entre os sensores e por não terem placa na frente.
Segundo a CET, o impacto dos novos equipamentos ainda deve demorar a ser sentido, pois as notificações das multas ainda nem chegaram aos donos das motos.
Outras infrações, como andar entre corredores de carros ou na faixa expressa da marginal Tietê, não serão fiscalizadas pelos aparelhos, homologados somente para flagrar a velocidade.
No último balanço das mortes no trânsito, de 2010, foram 478 mortes de motociclistas em acidentes, 11,7% a mais que em 2009.
Mão boba
Segundo Dulce, outro problema dos radares fixos é que os motoqueiros sabem os pontos e muitos tampam suas placas com a mão, o que impede a aplicação de multas.
Como os radares-pistola podem ser usados em vários lugares, a prática é menos corrente. Mas agentes que usaram o equipamento, porém, já notaram mãos escondendo placas.
Fonte: Folha de S. Paulo, 4 de abril de 2012