De acordo com a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), o novo sistema é mais democrático. Todo mundo que usar a estrada vai pagar, mas apenas pelo trecho percorrido. O governador Geraldo Alckmin deu início à operação do projeto piloto às 10h de ontem. Representantes da Artesp e autoridades de Itatiba também participaram do início dos testes com motoristas na praça de pedágio do km 77,1 da SP-360.
O sistema eletrônico funciona com a instalação de pórticos - uma espécie de praça de pedágio virtual, sem barreiras e sem cabines de cobrança - com antenas ao longo da via, que vão fazer a leitura automática de "tags", uma espécie de chip que será colocado nos veículos. As antenas vão identificar esses tags e registrar a cobrança. O chip para o teste piloto será disponibilizado gratuitamente ao usuário.
Em Itatiba, por exemplo, cerca de mil famílias residentes nesses bairros não contam com via municipal para acessar o centro da cidade. Os motoristas utilizam a SP-360 com uma despesa de R$ 2 por sentido em pedágio. Com a adesão ao novo sistema, a economia poderá chegar a 70%.
Campinas
Na rodovia Santos Dumont (SP-075), que será a próxima a receber o projeto piloto, ainda não há previsão para o início dos testes. Hoje quem vai de Campinas a Indaiatuba gasta de pedágio R$ 10,10. Com o sistema Ponto a Ponto, o valor desse trajeto passará para cerca de R$ 4.
A região de Campinas foi escolhida para iniciar o sistema por ser uma das que possui mais praças de pedágio no Estado. Ao todo, são 23 espalhadas pelas estradas. Depois dos resultados do projeto piloto, que terá duração de um ano, será estudada a efetivação e extensão para as demais rodovias paulistas.
Para as concessões mais antigas, o valor médio por quilômetro rodado será de R$ 0,14 para estradas com pista dupla e R$ 0,10 para as que têm pista simples. Já as concessões mais recentes, terão valores mais baixos: para pistas duplas, devem variar entre R$ 0,06 e R$ 0,11 e para pistas simples entre R$ 0,05 e R$ 0,08.
Fonte: UOL, 9 de abril de 2012