O fim do "cult", "estiloso", "mafioso", "invocado", "esquisito", "diferente"... PT Cruiser já havia sido anunciado. Foi em janeiro de 2010. A Chrysler, em aliança com a Fiat (na verdade, praticamente sob direção da fabricante italiana), não via mais sentido na fabricação do modelo lançado em 2000. A filial brasileira, no entanto, tentou desconversar: o modelo sempre foi cultuado por aqui. E, curiosamente, o carro foi ficando, salvo pela crise (veja só!), destaca o UOL Carros.
De acordo com o parceiro Interpress Motor, as instalações de Toluca serão preparadas para fazer a versão voltada aos Estados Unidos do Fiat 500, o famoso Cinquecento, outro modelo que revisita um sucesso do passado e que hoje é fabricado na Polônia.
Presente nas linhas de montagem desde 1999, o PT Cruiser não teve grandes modificações ao longo de 11 anos em produção, mas chamava a atenção por seu design, impossível de não conquistar um admirador de carros antigos.
No início, só havia a versão Limited, com câmbio automático de quatro marchas. A lista de série era generosa: ar-condicionado, ABS, airbags frontais e laterais, vidros e travas elétricas, rodas de liga leve, computador de bordo, direção hidráulica e bancos de couro. Em 2002, ganhou o câmbio sequencial, também de quatro marchas, chamado AutoStick, que existe até hoje. Na versão 2005, a Chrysler trocou o motor 2.0 16V com 141 cavalos por um 2.4 16V, que rendia 2 cavalos a mais e 14% a mais de torque (de 19,2 para 21,9 mkgf).
A maior cartada foi o PT Cruiser Classic, vindo do México a 75.000 reais. Esse modelo só diferia do top de linha Limited pela lista de equipamentos menos recheada. Faltavam airbags laterais, bancos de couro e rodas de liga leve. Por ser tão acessível, o Classic micou os Limited, fabricados de 2004 em diante.
Para comemorar os dez anos de fabricação, a Chrysler lançou o PT Cruiser Decade Edition, que manteve o design inigualável do modelo, mas apresentava novos equipamentos e aprimoramentos estéticos. Foi equipado com motor 2.4L de 143 cavalos de potência e câmbio automático AutoStick de quatro velocidades. Ganhou inscrição traseira, novas rodas, bancos em couro, espelhos retrovisores com aquecimento e travas elétricas com sensor de velocidade.
Os donos elogiaram a versatilidade do modelo, principalmente do enorme porta-malas, onde cabem até 528 litros, e dos bancos, que podem ser modulados em até 30 diferentes combinações. E, apesar, de não ser um carro voltado à performance, o PT se mostrava bastante estável em curvas.
Seu sucesso é comprovado pelos números. Foram mais de 1,5 milhão de unidades vendidas mundialmente, o que evidencia seu diferencial quanto ao estilo, versatilidade, qualidade e desempenho em seu segmento. Durante anos, as principais revistas especializadas recomendaram o PT Cruiser por seus níveis de qualidade e refinamento elevados, por um preço acessível se comparado ao dos concorrentes.
Fonte: UOL Carros, www.carrosdiversos.com.br, Molicar, julho de 2010