De acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), todas as obras já foram licitadas, e os projetos estão em fase de execução nos seguintes pontos: asas Sul e Norte, Lago Sul, Ceilândia, Paranoá, Taguatinga, Gama, Riacho Fundo II, Guará e Park Way serão as próximas regiões a receberem as ciclovias.
A medida, segundo o governador Rogério Rosso, foi adotada com objetivo de desafogar o trânsito na cidade e as "ciclovias também poderão ser usadas para a prática de exercícios físicos".
Outra ação para incentivar os cidadãos foi a gratuidade do metrô, que atende diariamente cerca de 160 mil passageiros. Já os ônibus, que servem a cerca de um milhão de usuários por dia, circularam normalmente, cobrando as mesmas tarifas.
A meta do governo é que as obras de 300 km de ciclovias sejam concluídas até o fim do ano e quer dobrar este valor nos próximos anos, o que dará ao DF a maior malha cicloviária da América Latina, segundo dados do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF).
Para a contadora Kátia Rodrigues, integrante do grupo Pedal Noturno, além da infraestrutura, o governo deve investir também na educação dos motoristas, pedestres e ciclistas para conviverem em harmonia.
Kátia participa há seis anos dos encontros noturnos do grupo de "não atletas", que se reúne de segunda a sexta no Parque da Cidade e fazem pedaladas de 15 a 60 km por Brasília.
"Brasília tem tudo para ter mais gente pedalando na rua. Hoje, o transporte público é insuficiente e somos obrigados a andar de carro. Tem que haver um conjunto de medidas, porque se não andasse em grupos, eu teria medo de ir trabalhar de bicicleta. Falta também as empresas saberem como receber os funcionários que pedalam com lugares para tomar banho, guardar a bicicleta", disse.
Fonte: UOL Notícias, 22 de setembro de 2010