Segundo informou O Estado de S. Paulo, a única linha sem aperto hoje é a 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra), que transporta 5,8 passageiros por metro quadrado - o índice aceitável pelas organizações de saúde é de 6 passageiros por metro quadrado.
Outras seis linhas ultrapassam o aperto suportável, chegando a 8,4 passageiros/m², como a 7-Rubi (Luz-Francisco Morato) e 11-Coral (Luz- Estudantes). Apenas as Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô superam essa superlotação em horários de pico.
A CPTM vem registrando enorme crescimento na quantidade de passageiros. O maior foi na Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú), com 164% a mais de pessoas transportadas desde o primeiro semestre de 2006.
E a situação pode piorar com a entrada em operação comercial da Estação Tamanduateí do Metrô, já que esse será o principal ponto de conexão da rede de Metrô com uma ligação ferroviária para a região do ABC.
No primeiro semestre de 2009, também apresentavam condições confortáveis nos trens as Linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú), o trecho Estudantes da Linha 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana). Hoje, todas superam os 6 passageiros/m².
A maior parte da rede da CPTM é marcada por trens antigos e grande intervalo entre as composições - chega-se a esperar quase 10 minutos em horários de pico.
Segundo a CPTM, a piora na superlotação é consequência do aumento na quantidade de passageiros nos últimos 12 meses: 232 mil a mais por dia nas seis linhas.
Novos trens
Segundo o governo, estão em circulação 22 trens novos de um total de 96 já comprados. Três estão na Linha 7, 12 na Linha 9, dois na Linha 11 e cinco na Linha 12. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos prevê que, até dezembro, entre em operação pelo menos um trem novo por semana e os demais, ao longo de 2011.
"Toda vez que a malha é ampliada ou o serviço apresenta melhoras, a demanda aumenta, atraindo novos usuários", justifica a secretaria, em nota. O Plano de Expansão prevê investimentos de R$ 7 bilhões na CPTM.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 26 de setembro de 2010