Chamada de "diferenciada" pela companhia, a faixa deixou em dúvida motoristas que passaram por ali ontem (19), primeiro dia de funcionamento da faixa na via.
Isso porque existem trechos onde uma faixa é contínua e a outra, não. Quem está acostumado com a faixa da avenida 23 de Maio, por exemplo, ficou confuso ao entrar em um estacionamento ou pegar uma rua à direita.
"O que é permitido, afinal?", perguntou o taxista Adriano de Souza. "Deveria ser tudo tracejado ou tudo contínuo. A confusão ficou generalizada e o trânsito, caótico", afirmou Souza.
Em nota, a companhia afirmou que a faixa segue o modelo das estradas. Ou seja, os carros podem cruzar a faixa quando a parte pontilhada está mais próxima a eles.
Quando a linha seccionada está próxima dos ônibus, quem está autorizado a cruzar a via segregada e usar a pista paralela, compartilhada, é o coletivo. Se as duas linhas forem contínuas, a passagem não é autorizada.
O projeto, segundo a CET, usou como base a resolução nº 236 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
A companhia informou ainda que a faixa foi instalada em fase experimental e poderá sofrer ajustes.
A mesma promessa de ajustes foi feita após a instalação da segunda etapa da faixa de ônibus no corredor norte-sul, há três semanas. Ali, as faixas que separam as vias de rolamento estão apagadas.
A CET disse que está estruturando um novo projeto de sinalização viária para alguns trechos do corredor.
Fonte: Folha de S. Paulo, 20 de agosto de 2013