Parking News

O gerente de loja Ronaldo Branco resolveu deixar o carro na garagem. Agora, ele faz o trajeto de 8 km da sua casa até o trabalho, na Zona Sul, de ônibus. ?Com a faixa exclusiva para ônibus no Corredor Norte-Sul levo 15 minutos a menos em cada trajeto?, afirmou. Branco está fazendo, na prática, aquilo que o urbanista Carlos Leite recomendou no seminário ?Urbanismo e Jornalismo, a São Paulo que Queremos?: esquecer o carro antes mesmo da política de transporte público anunciada pela Prefeitura ? que prevê a construção de 160 km de vias exclusivas para ônibus ? começar a dar resultados concretos. Além da economia de tempo, a medida gera economia de dinheiro. A reportagem é do Diário.
De acordo com uma simulação feita pelo economista Samy Dana, da FGV (Fundação Getulio Vargas), uma pessoa que possua um carro no valor de R$ 30 mil e percorre em média 16 quilômetros por dia, gasta R$ 18 mil anuais com despesas como seguro, IPVA, estacionamento, manutenção, combustível, depreciação, licenciamento, seguro obrigatório e custo de oportunidade, que é o que o valor do automóvel poderia estar rendendo em uma aplicação financeira. ?Para percorrer os mesmos 16 quilômetros diários de táxi essa pessoa gastaria R$ 17.805,66 e de ônibus, R$ 2.160?, afirma Dana. Na ponta do lápis, o motorista que optasse pelo ônibus economizaria R$ 15.840 por ano.
Essa economia já é sentida pelo estudante Paulo Gervino. ?Na volta às aulas depois das férias de julho resolvi deixar o carro em casa?, contou. ?Estou indo para a faculdade e para o trabalho de ônibus e Metrô e neste começo de mês já economizei R$ 300. Além disso, passei a fazer trajetos de bicicleta e de skate. Com isso, vou fazer mais atividade física.?
Pesquisa mostra redução de 57% no uso do carro
Pesquisa do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) revelou que 57% dos paulistanos deixaram nos últimos dois anos de usar o carro como principal meio de locomoção. O levantamento foi realizado para a versão 2013 do guia ?Como Viver em São Paulo Sem Carro??, idealizado pelo empresário Alexandre Frankel e escrito pelo jornalista Leão Serva.
Entre os entrevistados pelo instituto, no período de 2011 ao início de 2013, 19% abandonaram totalmente o veículo e 38% restringiram o uso para os finais de semana na capital. No lugar do carro, essas pessoas passaram a se locomover a pé (78%), de ônibus (70%) e de Metrô (61%).
Além disso, o trânsito revelou-se como a causa de infelicidade para 58% dos entrevistados. Para Leão Serva, a pesquisa do Ipespe revela uma mudança extrema em uma cidade que era conhecida por ser o ?templo do automóvel?. ?É o começo de uma nova era?, afirmou.
Velocidade aumenta até 108%
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a velocidade média dos ônibus aumentou 71% no trecho do Corredor Norte-Sul que vai pelas avenidas Senador Teotônio Vilela, Interlagos e Washington Luís. Já no trecho entre o Túnel do Anhangabaú e a Avenida Washington Luís, o ganho foi de 108% na velocidade. Em compensação, a lentidão para os carros aumentou 69%.
Fonte: Diário de São Paulo, 18 de agosto de 2013

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Justiça z que cupom é ilegal (15/08/2013)

A 14ª Câmara de Direito Público do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou à Prefeitura o recurso que tentava obrigar empresas de valet a utilizarem o cupom de estacionamento impresso pela admi (...)

Estacionar na rua (19/08/2013)

Três empresas portuguesas de transporte, associadas a uma consultoria brasileira, vão planejar o novo Rio Rotativo, que será licitado pela prefeitura em novembro. Operadores de estacionamentos em Madr (...)

Carga mais pesada, pedágio idem (14/08/2013)

Representantes do setor de carga estão pressionando o Governo Federal a alterar a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para elevar a tolerância de 7,5% para 10% sobre os limites de pes (...)


Seja um associado Sindepark