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Um projeto de requalificação urbana elaborado a partir das ideias dos moradores da Bela Vista, no centro de São Paulo, quer reconstruir o trecho que é o "coração" do bairro: a Avenida 9 de Julho e a Praça 14 Bis. A maior das intervenções propostas é a demolição do Viaduto Plínio de Queirós, em cima da praça. O plano é transferir o corredor de ônibus dali para uma via subterrânea de 800 metros passando por baixo da praça. Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, ainda não há orçamento estimado para a execução da obra. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano afirma que foi procurada para apresentação do projeto e algumas reuniões foram realizadas. Diz ainda que "uma análise preliminar indicou que a proposta merece uma avaliação mais profunda".
Um dos objetivos é deixar a parte da Avenida 9 de Julho que fica na região central da cidade no "modelo Jardins". Do outro lado da Avenida Paulista, já no bairro residencial, a via é bem mais conservada, com canteiros centrais organizados, muitas árvores e uma faixa exclusiva para ônibus que funcione. "O corredor de ônibus da 9 de Julho é central na parte Jardins. Na Bela Vista, perto do viaduto, passa a ser lateral por dois quilômetros, dividindo espaço com os carros", explica Adriana Levisky, arquiteta responsável pelo projeto.
Divisão
Um dos argumentos apresentados no projeto da arquiteta é que o Viaduto Plínio de Queirós é uma "barreira urbana" que divide o bairro. Derrubá-lo seria a única alternativa para integrar a Bela Vista com uma de suas regiões mais simpáticas e visitadas, o Bexiga.
"Já tivemos um retorno da Prefeitura falando que, tecnicamente, do ponto de vista da engenharia de tráfego e do transporte público, essa demolição é possível", diz Adriana. Com a demolição do viaduto e a eliminação das vagas de estacionamento, o trecho no centro da 9 de Julho ganharia uma faixa de rolamento a mais em cada lado.
Outro problema urbanístico e social da região que a comunidade quer tentar resolver é a própria 14 Bis, hoje com pouca ou nenhuma utilidade aos moradores - coberta pelo viaduto e cheia de grades, é tomada por "noias" e moradores de rua quase o dia inteiro.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 21 de maio de 2011

Categoria: Cidade


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