Parking News

Se não bastasse uma frota de 7 milhões de veículos, a capital paulista ainda emplaca mil novos carros por dia. O resultado? Ruas entupidas e trânsito cada vez mais lento. O pior cenário ocorre no pico da tarde, quando o anda e para dos carros faz a velocidade média cair pela metade: 15 km/h, calcula a CET. Além do cansaço físico causado pelas manobras, o motorista "engarrafado" ainda arca com um aumento considerável no consumo de combustível do carro.
A pedido da Folha, o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) mediu a variação do gasto de gasolina de um modelo "popular" em trajeto de trânsito normal e intenso.
Com pista livre, o Uno (1.0) cedido para o teste percorreu 14 km/l. No rush, o consumo cresceu 39%: 10,1 km/l. Pelos testes, nem transitar com o ar ligado ou com o carro carregado provoca tanta variação.
O assistente técnico da Fiat Ricardo Dilser explica que o momento de por o carro em movimento é quando o motor realiza mais esforço. "Já automáticos, pela mecânica, gastam até 8% mais."
Uma teoria curiosa sobre a causa do anda e para nos engarrafamentos é a da onda invisível - quando não há motivo lógico para a inconstância. Ocorre quando o carro da frente diminui a velocidade, levando o de trás a reduzir ainda mais o ritmo. Nesse efeito cascata, chega o ponto em que alguém, lá no fundo, para por completo.
Automático
Donos de carro automático certamente optam por esse sistema pois não gostam de ficar trocando as marchas. Mas, em caso de paradas mais longas, como as provocadas por engarrafamentos, o ideal é que a alavanca seja posicionada em "N" (neutro).
Assim, além de o condutor não ter de ficar segurando o carro com o freio, ele sentirá uma redução no nível de vibração e no gasto com combustível.
O consumo de gasolina de um Ford Focus 2.0 parado, por exemplo, é de aproximadamente dois litros por hora, isso com o câmbio em "D" (drive). Em "N", o gasto é 45% menor.
O motorista só deve tomar o cuidado de não acelerar enquanto faz essa troca de posição da alavanca, para não danificar a transmissão, afirma Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford.
Fonte: Folha de S. Paulo, 22 de maio de 2011

Categoria: Geral


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