O levantamento foi feito entre 29 de novembro e 12 de dezembro de 2010, antes do anúncio e do aumento da tarifa dos ônibus municipais para R$ 3, efetivada em 5 de janeiro de 2011.
No total, 1.512 moradores da cidade foram ouvidos pelo Ibope e deram suas opiniões sobre 169 itens em 25 temas. Ainda na mobilidade urbana, o respeito ao pedestre também recebeu nota 3,6. Outros aspectos mal avaliados foram a quantidade de ciclovias na cidade e a segurança no trânsito (3,7) e a qualidade das calçadas (3,9). A nota mais alta no tema foi para o tamanho da rede de Metrô, com 6,2.
"Uma das questões que impactam na qualidade de vida é a questão da mobilidade, a prioridade nos investimentos públicos está sendo no transporte individual, só nas marginais, que é transporte individual, foram mais de R$ 2 bilhões, e a Prefeitura falava na aplicação de R$ 1 bilhão no Metrô. Quando a prioridade teria que ser no transporte público, é fato preocupante", disse Oded Grajew, coordenador da Rede Nossa São Paulo.
Educação e Saúde
Outro setor da cidade com notas baixas foi a educação - acesso a ensino superior de qualidade e respeito e valorização dos professores recebeu nota 4,8. No setor da saúde, a pior avaliação é a do tempo médio entre a marcação e realização de consultas, com nota 3,4. Já as campanhas de vacinação receberam nota 7. Em relação ao meio ambiente, a qualidade do ar recebeu nota 4, enquanto a despoluição de rios, lagos e represas teve nota 3,9.
A satisfação geral com a qualidade de vida pouco variou - a nota passou de 4,8, em 2009, para 5, em 2010. A maior parte dos moradores acredita que a qualidade de vida se manteve estável no último ano - 44%. Outros 34% acreditam que ela melhorou um pouco e 13% que melhorou muito.
Confiança nas instituições
A pesquisa também avaliou a confiança dos paulistanos nas principais instituições da cidade. Para os entrevistados, os bombeiros e os Correios são as mais confiáveis, com 94% e 92%, respectivamente.
Os órgãos com menor índice de confiança tiveram um aumento em sua credibilidade. O índice da Prefeitura de São Paulo passou de 38% em 2009 para 47% em 2010. No caso do Tribunal de Contas do Município, a confiança saiu de 32% para 40%. Já a Câmara Municipal teve um aumento da credibilidade de 24% para 36%.
O índice de pessoas que deixaria São Paulo para morar em outra cidade caiu de 57% em 2009 para 51% em 2010. E os aspectos que mais influenciam o medo dos moradores da cidade foram violência em geral, tráfico de drogas, alagamentos e trânsito.
A pesquisa foi lançada para comemorar o aniversário de 457 anos de São Paulo.
Fonte: portal G1, 20 de janeiro de 2011