De acordo com Geraldo Barbosa de Lima Filho, um dos proprietários da Super Ar, empresa de manutenção e higienização de ar-condicionado, o ideal em situações de uso constante é que ao menos uma vez por semana, antes de desligar o veículo, acione-se o ar quente para secar o sistema de refrigeração e evitar a formação de fungos e bactérias.
"Depois de usar o ar-condicionado é como se deixássemos um pano úmido dentro de uma gaveta fechada, que neste caso é a caixa de ar", afirma Filho. "Como o local não tem ventilação, com o tempo a umidade pode gerar fungos e bactérias e o ar quente ajuda a combatê-los."
No uso urbano, fechar a entrada de ar externo evita o acúmulo de poeira no sistema. "Mas se for pegar uma estrada, para uma viagem longa, o motorista deve deixar essa entrada aberta para renovar o ar no interior do veículo", afirma o proprietário da Super Ar.
Mesmo que o motorista tome todos esses cuidados, em cidades com grande índice de poluição, como São Paulo e Rio de Janeiro, a higienização deve ser feita a cada seis meses. "Em carros mais antigos, em que o sistema de refrigeração não utiliza filtros de ar, a limpeza da caixa de ar deve ser ainda mais frequente", afirma Jair Silva, supervisor de serviços da Affinia Automotiva, fabricante de filtros de ar.
Para os filtros, a recomendação é que eles sejam trocados a cada 15 mil km ou um ano. "O proprietário do veículo sabe que a troca do filtro já passou da hora quando as saídas de ar começam a emitir partículas sólidas, mau cheiro ou quando o ar-condicionado fica ineficiente", afirma Silva.
A localização do filtro de ar depende da fabricante do veículo e do modelo e, por isso, apesar de simples, a troca deve ser feita por um especialista. "Em um carro popular, a média de preço do filtro de ar é de R$ 40", diz o supervisor da fabricante de filtros de ar.
Alguns modelos têm um sistema que aguarda de 3 a 5 segundos para religar o sistema de refrigeração, para evitar danos ao compressor do ar. "Mas há veículos que não dispõe deste sistema e, ao ligar o carro, o ar liga junto e toda a força do motor é enviada ao compressor, que pode romper com o tempo", diz Filho. "Um compressor de um carro popular custa no mínimo R$ 1,4 mil."
Fonte: portal G1, 21 de março de 2010