"Trata-se de uma tragédia humana que pode ser prevenida e que apresenta um efeito econômico sobre a América Latina", afirmou o presidente do BID, José Luis Moreno, durante o seminário. Com 17 mortes por grupo de 100.000 habitantes, a região da América Latina e do Caribe apresenta quase o dobro da média mundial de mortes no trânsito. Se nada for feito, segundo avaliação do BID, esse número poderá chegar a 31 mortes por grupo de 100.000 habitantes dentro de dez anos. Atualmente, acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre pessoas com idades de 10 a 24 anos, segundo informações da Organização Mundial de Saúde.
De acordo com os cálculos do BID, os países latino-americanos podem perder de 1% a 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) anual por ferimentos e mortes ocorridas em acidentes de trânsito. "O que precisamos hoje em dia é de uma coordenação de políticas e programas que envolvem todos os atores principais: governos, investidores, reguladores, educadores e cidadãos desejosos de ruas mais seguras."
Pelo plano, o BID ajudará os países a elaborar e a atualizar seus planos para melhorar as condições de segurança viária e reduzir a taxa de mortalidade. O banco também pretende trabalhar com os governos e outros parceiros públicos e privados com o objetivo de mobilizar recursos para promover iniciativas de segurança no trânsito.
Fonte: Agência Estado, 19 de março de 2010