Isso acontece porque, com a alteração na Lei, ficou definido que relatos, vídeos, testemunhas ou outras provas servem para indicar se um condutor está ou não sob o efeito de álcool ao dirigir.
Apesar da aceitação dessas provas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) explica que a medida adotada nas rodovias continua sendo o teste do etilômetro (bafômetro), e que a recusa do teste resulta em autuação. Em alguns casos, a infração de trânsito pode levar à condução do motorista à delegacia.
Segundo os dados disponibilizados pela PRF em Alagoas, enquanto no primeiro trimestre de 2012 foram executados 5.733 testes nas rodovias federais, no mesmo período de 2013, esse número subiu para 13.713. Ou seja, aumentou em mais de 100%. Com o aumento da fiscalização, as autuações feitas pela Polícia Rodoviária Federal também dobraram, registrando no trimestre deste ano 259 flagrantes, que resultaram em 79 prisões.
Mudança no comportamento
Se os números apontam que o rigor surtiu efeito, pequenas observações mostram que até mesmo os hábitos da população estão mudando para se adaptar à nova realidade. "Os condutores têm mudado de comportamento, estão utilizando táxi, indo de carona. As pessoas perceberam que não é proibido beber; mas sim, dirigir depois de ingerir bebida. É certo que ainda existem os que insistem em desrespeitar a lei, mas para esses a fiscalização cumpre o seu papel", declarou Ângela Oliveira, ao explicar que o dinheiro arrecadado com as multas é revertido em ações educativas e de fiscalização.
Fonte: portal G1, 19 de maio de 2013