No centro de Campinas, o flanelinha vem até o carro, orienta nosso motorista a parar e cobra R$ 3,50. Com uma câmera escondida, a equipe de reportagem do Bom Dia Brasil registra a conversa: "Eu compro a R$ 2,70 e revendo a R$ 3,30. Eu ganho R$ 0,80", revela o flanelinha.
Em outro flagrante, o flanelinha vem até o carro, libera o lugar guardado e também ajuda o motorista a manobrar. Só que cobra ainda mais caro pela vaga.
Produtor: Quanto é?
Flanelinha: R$ 4.
Produtor: R$ 4? Ô louco.
Flanelinha: Duas horas. A gente compra a R$ 2,70 e tem que ganhar um pouquinho, né?
A cobrança indevida ocorre também em bancas de revista.
A população reclama, mas, em muitos casos, aceita a situação. Não existe uma lei que proíba a venda dos bilhetes acima do valor estabelecido. Por isso é importante que cada cidadão só faça a compra em locais credenciados e, quando se sentir coagido, denuncie à polícia.
"Se qualquer usuário chegar a um estabelecimento desses e o preço que está sendo cobrado não é o estabelecido no banner, ele tem que fazer a denúncia. Então nós vamos fazer um trabalho mais apurado em cima desse estabelecimento", diz o chefe de fiscalização da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Celso Adriano Ferreira.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (TV Globo), 4 de agosto de 2011