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Se houve uma era de ouro na GM do Brasil, ela foi a década de 90. A fartura de lançamentos em nada lembrava o ritmo anterior, de quase um projeto novo por década. Depois que o longevo e consagrado Opala deu lugar ao Omega em 1992, foi a vez de o Corsa Wind marcar em 1994 uma nova guinada da Chevrolet, agora entre os populares, segmento nascido com o Fiat Uno Mille em 1990. Substituto do obsoleto Chevette Junior, o Wind ("vento" em inglês) mereceu até a capa da revista Veja com o título "A história de um sucesso industrial". Afinal, eram mais de 130.000 compradores em lista de espera. A reportagem é da Quatro Rodas.
Se o Chevette Junior tinha mais de 20 anos de estrada e um motor antigo que fora "encolhido", o Wind era a segunda geração do Opel Corsa, lançada só um ano antes na Europa. O moderno design arredondado surpreendia com seu Cx de 0,35 (ante 0,45 do VW Gol), possível graças à posição transversal do motor. Farol e seta formavam um conjunto, algo inédito no Brasil. O banco traseiro bipartido permitia ampliar os 240 litros do porta-malas. Porta-objetos nas laterais e os apoios de copo na tampa do porta-luvas inovavam no segmento, assim como o revestimento de tecido cinza com detalhes coloridos das portas.
Derivado de um motor 1.2 europeu e munido de injeção eletrônica monoponto, o 1.0 EFI produzia 50 cv.
O consumo urbano compensava a falta de fôlego: 13,18 km/l, o melhor registrado pela revista até então. A 80 km/h, o Corsa atingia 20 km/l. Outro destaque foi a estabilidade. Novidades na época para populares, os dois retrovisores de série reduziam o número de pontos cegos. Os cintos de segurança tinham até regulagem de altura.
A carroceria com duas portas a mais veio em 1995. No ano seguinte, a sigla EFI mudou para MPFI, de injeção multiponto. Era uma primazia do Wind no segmento, o que gerou 10 cv a mais. Logo a Chevrolet ampliaria a linha Corsa, já disponível em versões 1.4 e 1.6. A versão Super 1.0 tinha mais equipamentos de série e câmbio com relações mais curtas.
Em 1999, a família ganharia mais um rebento: um sedã com motor 1.0 a álcool e airbag como opcional. O papel do Wind foi assumido em 2000 pelo Celta, um projeto idealizado desde o início para ser barato. Com a segunda geração do Corsa, em 2002, o sedã foi rebatizado de Corsa Classic. Ironicamente, hoje o Classic é um projeto antigo repaginado, exatamente o oposto do que foi o Wind no seu nascimento, que representou um sopro de renovação num mercado tão carente de modernidade.
Fonte: revista Quatro Rodas, novembro de 2010

Categoria: Mundo do Automóvel


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