Em 1997, quando havia 12 milhões de pessoas habilitadas ao uso de veículos a menos no Brasil, 55 mil pessoas eram mortas por ano em função de acidentes no trânsito. Esse número baixou para cerca de 40 mil óbitos/ano. O custo com as mortes e os feridos no trânsito no Brasil alcança em torno de R$ 10 bilhões por ano, segundo dados do Ministério das Cidades, divulgados pela Agência Brasil.
Para Musafir, apesar da redução da mortalidade, é preciso melhorar os hospitais, para dar um atendimento melhor à população, e aumentar a fiscalização. Ele é consultor da OMS (Organização Mundial da Saúde) para traumas em geral, com destaque para os traumas músculo-esqueléticos, que abrangem braço, perna e coluna.
O médico disse que a OMS está usando como exemplo no mundo a Operação Lei Seca do Rio de Janeiro, realizada diariamente em vários pontos da cidade e que utiliza as vítimas de acidentes de trânsito para a conscientização da população. "Isso tem uma repercussão internacional excepcional", disse.
As recomendações feitas pela OMS para diminuir as consequências dos acidentes do trânsito são conhecidas em todo o mundo. O Brasil já aplica muitas delas, disse Musafir. "São as regras básicas do trânsito seguro e saudável. Primeiro, respeito às leis do trânsito. Quem cumpre as leis do trânsito evita se expor a riscos e, logicamente, evita acidentes."
Outra preocupação é promover a saúde do trânsito, para que os motoristas tenham condições adequadas de dirigir. "Não dirigir com sono, ter iluminação correta nas vias, sinalização adequada. Tudo isso somado leva a um trânsito mais seguro, como é na Suécia, na Noruega, na Alemanha."
Fonte: Agência Brasil, 11 de outubro de 2009