Para evitar o estoque de talões, o que fez a Prefeitura suspender o aumento da Zona Azul em julho, a companhia estabeleceu que, mesmo depois do reajuste, os talões que tivessem impresso o valor antigo teriam de ser vendidos sem o aumento. Nenhum dos locais visitados havia recebido os talões com o novo valor impresso, de R$ 3,00. Mesmo assim, ofereciam as folhas antigas com ágio.
A CET afirma que intensificou a fiscalização e chegou a descredenciar alguns postos oficiais.
Para tentar esconder a fraude, vendedores oficiais e flanelinhas chegaram a rasurar a folha: uns simplesmente riscaram o valor antigo e outros tentaram com uma caneta preta alterar a tarifa.
Cada folha permite estacionar por um período de uma a três horas. O aumento, de 67%, é o primeiro em oito anos. O reajuste foi anunciado no fim de maio e suspenso no início de junho por suspeita de fraude na distribuição. A sindicância apontou que algumas distribuidoras estocaram cartões. O talão com dez folhas, que custava R$ 18,00, deve ser vendido a R$ 28,00, com abatimento de R$ 2,00. As folhas adquiridas antes do aumento continuarão valendo.
Fonte: Jornal da Tarde, 6 de outubro de 2009