Os números divulgados na semana terminada no dia 26 de novembro pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) apontam ainda que, com isso, a participação desses importados recuou de 48% do total para 32%.
A medida anunciada pelo governo federal para proteger a indústria nacional em 15 de setembro passou a valer no dia seguinte, mas acabou sendo adiada - para dezembro - por determinação do STF em 20 de outubro.
Por isso, a mudança teve reflexo na programação de pedidos de importadores de marcas sem fábrica no Brasil e também das montadoras instaladas no país que trazem carros das unidades na Argentina e no México isentos do Imposto de Importação.
A Fiat, por exemplo, importa da Argentina o Siena. A GM traz o Agile do país vizinho e a Captiva do México. O Focus e a Ranger, da Ford, vêm da Argentina. Já o Fusion, do México. Na Volkswagen, o Amarok vem da Argentina, e o Jetta, do México.
Não há dados que possibilitem uma análise por modelo, mas uma das hipóteses é que parte dos importados asiáticos, principais alvos da medida, tenha sido substituída por carros trazidos de países com acordos automotivos com o Brasil.
As montadoras chinesas e sul-coreanas estão entre as que mais sofreram com o anúncio da mudança tributária. A importação de automóveis da China recuou 84%, enquanto a de veículos da Coreia do Sul recuou 43%.
Fonte: Folha de S. Paulo, 26 de novembro de 2011