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Para pôr fim ao crônico problema da extorsão praticada por guardadores clandestinos de automóveis nas ruas da cidade, a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) começou a atuar em parceria com a Polícia Civil, para onde enviou fotografias e vídeos em que mostra cerca de 200 flanelinhas que atuam indevidamente na Zona Sul. A intenção é evitar que quem já foi retirado das ruas volte a praticar as extorsões, informou o Jornal do Brasil.
Os flanelinhas voltam aos seus pontos de atuação porque nas delegacias para onde são encaminhados quase sempre são enquadrados em exercício ilegal da profissão, uma contravenção penal. Agora, segundo Rodrigo Bethlem, titular da Seop, a intenção é enquadrá-los criminalmente por extorsão e formação de quadrilha. "Ao longo de 15 dias, registramos a atuação de cerca de 200 flanelinhas pela Zona Sul. Entregamos à Polícia Civil as imagens, que mostram que esses guardadores, que são envolvidos em outras atividades criminosas, atuam em grupos. Nossa intenção é fazer com que sejam denunciados. Para isso, precisamos que a população dê queixa nas delegacias, é fundamental para o sucesso de nosso trabalho", disse.
O delegado Rafael Menezes, do Departamento de Polícia da Capital (DPC), confirmou as ações em conjunto com a Seop e prometeu rigor, "quando for constatado que são criminosos".
Embrapark se desculpa por palavras de seu gerente-geral
A Embrapark, empresa que explora as vagas nas ruas da Zona Sul, pediu desculpas pela declaração de seu gerente-geral, Márcio Vieira, que, dia 25, chamou de burros os motoristas que pagam até R$ 4 a flanelinhas. "Esse operador, que não é nosso funcionário, compra o bilhete na banca do jornal e vende. Agora, o usuário também é meio burro, né? Se o bilhete custa R$ 2, para que ele vai pagar R$ 4?", disse ele. Através de nota, a Embrapark reconheceu que foram infelizes as declarações de seu gerente-geral. A empresa afirmou que tem se esforçado para proporcionar um serviço de qualidade e alegou que os desafios enfrentados para viabilizar as melhorias são de conhecimento público. "Contamos com 550 guardadores, que trabalham divididos em dois turnos com escala de 12 horas trabalhadas por 36 de descanso. Estamos tentando um reequilíbrio financeiro do contrato, para que possamos aumentar nosso efetivo", disse Márcio, mais calmo, no dia 26.
Fonte: Jornal do Brasil (RJ), 27 de março de 2010

Categoria: Geral


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