É o caso da Avenida Afrânio Peixoto, que desemboca na Portaria 1 (P1), uma das mais movimentadas da Cidade Universitária. Desde o ano passado, uma faixa exclusiva à direita reduziu em alguns minutos o tempo de viagem por transporte coletivo nessa via na hora do rush do fim da tarde. O problema, no entanto, não foi solucionado no sentido oposto, para quem está saindo da universidade rumo à P1.
Isso porque a Prefeitura de São Paulo não tem competência para executar ações no interior do câmpus, uma propriedade autônoma do governo do Estado. A ausência de uma faixa só para coletivos faz com que os passageiros esperem mais nos pontos e no interior dos ônibus, que já passam superlotados.
Para se deslocar de ônibus em um trecho de cerca de 500 metros da Avenida da Universidade rumo ao P1, por volta das 19h, Marli leva até 20 minutos dentro do ônibus. "É um trânsito infernal e quem se prejudica somos nós, que priorizamos o coletivo."
Por meio de nota, a Prefeitura da Cidade Universitária informou que "já deu início a estudos para implementação de faixas exclusivas para os ônibus" e que "o primeiro alvo destes estudos é a região da Avenida da Universidade e Praça Professor Reynaldo Porchat", uma rotatória em frente ao Portão 1.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de maio de 2014