Parking News

Enquanto a prefeitura cogita criar estacionamento pago para impedir achaques aos frequentadores da Estação Férrea, os flanelinhas se esbaldam em áreas onde a cobrança é institucionalizada por contrato. Há meses, guardadores de carro tiram dinheiro de quem já é obrigado a pagar pelas vagas nas áreas Azul e Verde. O abuso comprova que a presença dos parquímetros e monitores da Rek Parking não coíbe a prática. Obviamente, flanelinhas só temem a repressão policial, afirma o jornal O Pioneiro.
Relatos de moradores e comerciantes e alguns flagrantes do Pioneiro, em Caxias do Sul (RS), mostram que a cobrança dupla é escancarada em quatro pontos centrais durante o dia e também à noite. A ousadia é tanta que alguns flanelinhas danificam parquímetros para impedir que os motoristas retirem tíquetes. Um dos ataques aconteceu na Rua Borges de Medeiros, entre a Avenida Júlio de Castilhos e a Sinimbu. Técnicos da Rek Parking foram acionados para consertar o equipamento no início da manhã.
Uma monitora da empresa e moradores confirmam que a tática é corriqueira.
Além da intimidação, os flanelinhas assustam: são comuns brigas e badernas provocadas pelo consumo de bebida e drogas. Alguns grupos também estariam cometendo pequenos furtos e danos nos prédios.
Na Marquês do Herval, a uma quadra do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), o zelador de um condomínio assiste a abordagens e confusões da portaria quase todas as noites: "Às vezes eles estão aqui durante o dia. Tem quem paga, tem quem ignora. À noite dá mais problema, porque eles bebem cachaça e ficam até 22h, 23h".
A Praça Dante Alighieri também é palco da extorsão. Nas vagas em frente à Catedral Diocesana, na Sinimbu, os flanelinhas vão e vêm conforme a circulação de PMs na área. Diante da câmera de segurança, os guardadores "facilitam" e oferecem moedas para quem só tem cédulas. Pelo apoio, pedem para ficar com o troco e prometem cuidar do veículo. É evidente que nem sempre o serviço prometido é prestado. Outro método é obter de motoristas tíquetes não totalmente ocupados dentro do horário contratado e revendê-los a quem está chegando.
"Algumas situações dão medo. Outro dia, uma senhora entrou aqui reclamando que um homem exigiu R$ 5 ou riscava o carro", descreve uma comerciante da praça.
A cena se repete na Marquês do Herval, entre os hipermercados Big e Zaffari. Ali, são pelo menos quatro flanelinhas que passam o tempo sentados num muro à espera de motoristas e gorjetas.
Fonte: O Pioneiro (Caxias do Sul), 27 de março de 2013

Categoria: Geral


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