"O Museu do Futebol foi o primeiro passo para a revitalização", diz Munhoz. Em seu projeto, a praça ganharia um espelho d'água que, nos dias de jogos, ficaria seco. O estacionamento seria construído embaixo do espaço que vai da rotatória da Avenida Pacaembu ao estádio. Também poderá ser usado o espaço dos taludes ao lado do estádio, mas não há previsão do custo e do número total de vagas do estacionamento. Segundo Munhoz, o lençol freático na região é bastante alto e "outras alternativas" devem ser estudadas.
Por enquanto, o projeto está na fase preliminar. Foi feito um estudo de viabilidade que mostrou que o estacionamento pode ser auto-sustentável. Projetado para ser construído em módulos, cada um pode pagar o próximo, segundo Munhoz. "A própria renda vai financiar a ampliação." Também será feito um estudo sobre a melhor maneira de gerenciá-lo: por meio de parceria público-privada ou pelo governo.
Por se tratar de um local tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), o projeto precisará ser analisado por técnicos do Conpresp, órgão da Prefeitura que cuida do patrimônio histórico da cidade, para depois ser aprovado por um conselho misto composto por técnicos e membros da sociedade civil. Caso seja aprovado, Munhoz diz que tudo deve ficar pronto antes da Copa de 2014.
O projeto também interessa à Associação Viva Pacaembu, que reúne moradores do bairro. Iênidis Benfati, presidente do conselho deliberativo da entidade, espera a apresentação formal para emitir opinião. No entanto, Benfati afirma que a revitalização da Praça é obrigatória. "Quando a Prefeitura assinou o termo de cooperação para construir o museu, ela assumiu o compromisso de revitalizar a praça, que atualmente serve de estacionamento para faculdade." No caso do Museu do Futebol, a Viva Pacaembu apoiou o projeto desde o princípio. "O projeto condizia com a vocação do estádio, que é para o futebol", disse Benfati.
Fonte: Agência Estado, 15 de novembro de 2008