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Radares novos instalados na cidade de São Paulo para flagrar motoristas que passam no semáforo vermelho ou invadem faixa de pedestres começaram a multar inclusive de madrugada. A punição tem surpreendido paulistanos que alegam riscos de assalto ao ficarem parados nos cruzamentos no escuro e sem movimento, informou a Folha de S. Paulo.
Por lei, passar no vermelho é considerado uma infração de trânsito, independentemente de ser dia ou noite. Mas, nos últimos anos, quem rodava na cidade costumava se livrar da multa por avanço de sinal de madrugada por uma razão técnica.
Segundo a CET, os aparelhos antigos até ficavam ligados 24 horas (e seguem assim), mas não tinham tecnologia para fazer imagens noturnas - diferentemente dos que flagram excesso de velocidade e já multavam dia e noite.
A situação começou a mudar em novembro passado, sem alarde ou sinalização específica da CET - confundindo quem estava habituado com a "tolerância informal". De lá para cá a CET liberou 12 aparelhos com imagem noturna para flagrar avanço de semáforo, invasão de faixa ou conversão proibida.
Outros 12 com essa tecnologia ainda serão instalados. São minoria dentre os 139 que fiscalizam essas infrações, mas suficientes para revoltar motoristas como a enfermeira Milena Bedin. "Se eu ficar parada dando sopa, podem me abordar e ninguém vai estar lá para me ajudar", afirma ela, que já foi assaltada e relata ter medo.
Milena foi surpreendida de madrugada, a caminho de casa, no cruzamento da Rua Turiaçu com a Avenida Pompeia. As duas multas que recebeu nesse horário foram por invadir a faixa de travessia - R$ 85,13. São raros os pedestres ali nesse horário.
Em algumas cidades a multa de noite e madrugada foi barrada por causa da violência urbana - queixa comum na capital paulista. Por exemplo, em Campinas, onde os radares não multam avanço de semáforo das 19h às 6h, desde 1998.
A CET diz que a recomendação é, de madrugada, "reduzir a velocidade antes de chegar ao semáforo, caso ele esteja fechado ao motorista".
Dois especialistas em legislação de trânsito disseram à Folha aprovar a punição, independentemente do horário, devido aos acidentes. Eles alegam que, em cruzamentos que não oferecem perigo à segurança viária, os semáforos já costumam ser desligados de madrugada - ficam no amarelo piscante.
José Almeida Sobrinho, do Instituto Brasileiro de Ciências de Trânsito, avalia que os riscos de acidentes à noite são maiores porque as pessoas dirigem mais rápido. "O semáforo é importante ali? Se for, sua obediência tem que ser fiscalizada. Se não, é ideal deixá-lo no amarelo intermitente", defende Julyver Modesto, da associação de profissionais do trânsito.
Segundo a CET, menos de 10% dos sinais da cidade ficam piscando da 0h às 5h.
Fonte: Folha de S. Paulo, 25 de setembro de 2010

Categoria: Geral


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