Na segunda quinzena de agosto, a Gazeta do Paraná publicou matérias que relatavam as mais recentes mudanças no estacionamento regulamentado de Cascavel. Através de um aplicativo, os usuários agora podem pagar pelo EstaR, ver qual a vaga mais próxima e até regularizar sua situação em casos de multa. A questão é que, se este aplicativo funcionar, a Cettrans pretende ampliar a cobertura do EstaR na cidade. Além de aumentar o número de vagas, a intenção é começar a cobrar estacionamento também das motocicletas (não sei se você já sabia, mas motocicletas não pagam EstaR).
“Até então não cobrávamos o estacionamento de motocicletas porque podiam alegar que colocaram o cartão e o cartão voou. Para evitar este tipo de problemas elas foram liberadas. Mas agora vamos cobrar EstaR das motocicletas. Afinal, com o aplicativo as informações poderão ser obtidas pelo agente pela placa da moto”, comentou o presidente da Cettrans, Alsir Pelissaro. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Detran, em junho deste ano havia 29,8 mil motocicletas circulando pelas ruas de Cascavel. Número que tende a só crescer! Ao menos é o que apontam os números do departamento. Em 2016, no mesmo período, eram 29,5 mil motocicletas; em 2015 eram 29 mil e em 2014, 28,8 mil.
“São muitas motocicletas e não tem vaga pra todo mundo. São quatro ou cinco vagas de moto em cada quadra, além de alguns bolsões que existem com 15 vagas”, afirmou Alsir. De acordo com ele, essa falta de vaga faz com que muitas motos ocupem vagas de veículos. “Recebemos muita reclamação com relação a motos que ocupam vaga de carros”, disse. O motoboy Edilson Rodrigues concorda que as vagas são insuficientes, mas, para ele, este não é motivo para cobrar estacionamento dos motociclistas. “Se criassem mais vagas para as motocicletas, não teriam motos ocupando espaço de carros e, consequentemente, não precisariam cobrar EstaR das motos. Também não concordo que motos ocupem o espaço destinado a veículos, mas não muitas vezes não temos opção”, afirmou. Edilson afirmou que é contra a cobrança de EstaR para as motos. “Fica complicado, principalmente para os motoboys. Costumamos parar a moto no Centro para fazer entregas. A moto fica, quando demora, 15 minutos no estacionamento. Este tempo é suficiente para correr o risco de ser multado”, comentou.
Outro motociclista que não quis se identificar destacou que é contra a cobrança de estacionamento, pelo fato de que o município não irá arcar com possíveis danos ao veículo. “Sou totalmente contra. Se roubarem a moto ou o carro que estiver em vaga do EstaR, não irão repor o bem perdido. Eles querem cobrar, mas não compensa para quem paga. Vale mais a pena pagar por um estacionamento particular, que ao menos irá dar esta garantia”, afirmou.
Fonte: Gazeta do Paraná - Cascavel - 23/08/2017