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O crescimento econômico desordenado levou a Cidade do México ao título de mais poluída do mundo na década de 1980. As indústrias ficavam dentro da cidade, poluindo muito. Os carros não tinham catalisadores e jogavam no ar toda a poluição que vinha da queima da gasolina, que era pesada, cheia de chumbo. A população sofria; as crianças e os idosos, mais ainda. Nos dias mais críticos, era preciso fechar as fábricas, suspender as aulas, ressalta reportagem do G1. Rodolfo Lacy é coordenador de programas e soluções para o meio ambiente do Centro Mário Molina e lembra como era a época das contingências, um estado de alerta máximo na capital mexicana. "Em 1986, 1987, chegamos a ter até 15, 20 contingências de contaminação por ano, níveis que ultrapassavam três ou quatro vezes as normas de proteção à saúde. As pessoas pediam medidas radicais para controlar a poluição", diz.
Hoje, metade dos dias do ano tem ar considerado bom na metrópole e a Cidade do México conquistou um novo status. Com isso, a capital deixou o ranking das dez cidades mais poluídas do mundo.
Para tentar resolver o problema, foram feitos alguns estudos. A primeira coisa que se descobriu é que a geografia não ajuda em nada a capital mexicana quando o assunto é dispersão da poluição.
A Cidade do México briga com São Paulo pelo título da metrópole mais populosa das Américas.
Por estar no alto, a 2.200 metros de altitude, a capital mexicana está também mais próxima da camada de poluentes que fica pairando no ar. Como está longe do mar, tem 23% menos oxigênio que as cidades mais próximas da costa, como São Paulo.
É como se os mexicanos vivessem dentro de uma panela e a poluição fosse a tampa que a mantém fechada. "Quando comparamos a qualidade do ar que temos hoje com a que tivemos no início dos anos 90, melhoramos muito. Conseguimos baixar as concentrações de vários poluentes como monóxido de carbono, dióxido de enxofre", diz Victor Hugo Paramo, diretor de gestão da qualidade do ar.
Medição do ar
A primeira vez em que foram adotados parâmetros de medição na cidade do México foi em 1990, mesma data em que o Conselho Nacional do Meio Ambiente estabeleceu as regras de medição no Brasil. De lá pra cá, o conselho nunca mais atualizou os parâmetros. No México, aconteceu o contrário. Já foram feitas quatro atualizações.
Mesmo com todo esse esforço, o desafio persiste. Os parâmetros adotados na capital mexicana estão mais próximos do que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas ainda não são ideais.
"Continuamos tendo problemas com as partículas finas e com o ozônio", afirma Paramo. A explicação está no trânsito. É um fluxo frenético de mais de 9 milhões de pessoas em seus mais de 5 milhões de veículos - um problema bem parecido com o de São Paulo.
Fonte: portal G1, 15 de abril de 2011

Categoria: Geral


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