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Usuários do bilhete único de São Paulo têm enfrentado, diariamente, pelo menos uma falha no sistema de recargas do cartão nas estações de metrô. É comum encontrar o sistema com algum tipo de problema que impede a realização do serviço. A saída, então, é comprar bilhetes comuns de metrô, que não dão desconto na integração com ônibus nem viagens gratuitas nos coletivos. As informações são de o Estado de S. Paulo.
Só no primeiro trimestre deste ano, foram registradas 93 falhas no sistema de recarga, segundo o Metrô. E os números repassados pela companhia contam apenas as reclamações feitas pelos usuários. O Metrô não mantém fiscais para saber se as vendas são ou não realizadas. O número de queixas em 2012 já é 28% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2011.
Para o Metrô, a comparação entre os dois períodos fica prejudicada porque, de lá para cá, o número de pontos de recarga do sistema cresceu. "Deve-se considerar que houve, nesse novo modelo, um grande incremento na quantidade de equipamentos instalados, sendo de 23 para 182 máquinas de autoatendimento e de 254 para 353 máquinas de recarga automática de vales-transporte e consulta de saldos, o que prejudica a comparação."
A quantidade de problemas, porém, pode ser ainda maior, pois a subnotificação das queixas é grande. A maioria dos usuários não reclama das falhas. Na Estação Barra Funda, por exemplo, 50% dos entrevistados pelo Estado já havia tido algum contratempo com a recarga do bilhete único e nenhum havia procurado o Metrô para se queixar.
Atualmente, há quatro empresas contratadas pela companhia para fazer a venda dos créditos nas estações. Elas começaram a operar em novembro do ano passado. Antes, o serviço era feito por outra terceirizada.
Multas
Os culpados pelas falhas quase não são punidos, pois o Metrô e a São Paulo Transportes (SPTrans), que compartilham o sistema, têm visões diferentes sobre quem é responsável pela fiscalização. O contrato que o Metrô assinou com as novas empresas não as pune pelas falhas de recarga diárias ocorridas nas estações. "As multas são aplicadas levando-se em conta os indicadores de resultados estabelecidos, e não por ocorrências individualizadas verificadas em equipamentos", diz o Metrô.
A companhia argumenta que as falhas só são computadas se a interrupção do serviço não é causada por problemas com outra companhia, como, por exemplo, o serviço de telefonia. Nenhuma empresa foi multada neste ano por causa da suspensão dos serviços de venda de créditos. Também por questões contratuais, o Metrô não fiscaliza a recarga - que, em última instância, funciona como bilhetes de metrô.
A SPTrans, que gerencia o sistema do bilhete único, repassa a fiscalização dos pontos de venda do Metrô para o próprio Metrô. A empresa diz que "todos os postos de venda de bilhete único das estações de metrô são contratados pela Companhia do Metropolitano. Portanto, a fiscalização da qualidade dos serviços prestados nesses locais é de responsabilidade do Metrô".
O gerenciamento da SPTrans afirma que, no período citado, houve registro de uma única pane no sistema. "Todas as ocorrências registradas pelo Metrô não se referem à indisponibilidade generalizada, ou seja, são indisponibilidades momentâneas de uma ou outra rede de venda."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 28 de maio de 2012

Categoria: Geral


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