Insatisfação
Para motoristas entrevistados pelo Diário, faltam mais ações educativas. Consultores em transportes afirmaram que a CET deveria fazer mais fiscalização à noite e nos finais de semana. "Nesses períodos há poucos agentes na rua. É um convite às infrações", afirmou Horácio Figueira. A opinião é compartilhada pelo colega Flamínio Fischmann. "Só radar não basta para reduzir acidentes. É preciso fazer um plano de ação integrado", afirmou.
CET alega que houve redução nas vias afetadas pela ação
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) alega que houve redução de acidentes e atropelamentos nas principais vias onde a redução de velocidade foi implantada. No corredor das avenidas 23 de Maio e Rubem Berta, por exemplo, onde a velocidade foi de 80 km/h para 70 km/h, foram registrados 1.683 acidentes entre fevereiro de 2010 e maio de 2011, 26% a menos que no período anterior.
No Corredor Leste Oeste, segundo a companhia, a diminuição de atropelamentos e acidentes foi de 20% entre abril e junho deste ano em relação a 2010. Outro exemplo de ação que teve sucesso, segundo a CET, foi no Eixo Norte, englobando 9,2 km entre a Avenida Luiz Dumont Vilares e o Túnel Anhangabaú. A redução de casos foi de 15%.
Em outro corredor, formado pelas avenidas Cruzeiro do Sul, do Estado, Dom Pedro 1°, Nazaré e Doutor Ricardo Jafet, os casos de violência recuaram 19%. A CET argumenta que a redução de velocidade é feita quando se deseja melhorar as condições de segurança. Afirma que a menor velocidade do veículo pode abrandar as consequências do acidente ou até mesmo evitá-lo.
Fonte: Diário de São Paulo (SP), 8 de novembro de 2011