Parking News

A dificuldade de ir e vir de um lugar para o outro é um problema que atormenta quem mora nas grandes metrópoles. O que era um ponto perdido na paisagem agora é um movimento. Desde o dia 5 de novembro, é das bicicletas a faixa vermelha inaugurada na Zona Sul de São Paulo. A ciclovia jogou para o meio da rua o estacionamento dos carros. Foi invadida por motoqueiros no dia da estreia e provocou discussão. "O risco é de acontecer um acidente e atrapalhar mais o trânsito que já está atrapalhado", afirma uma mulher ao Jornal Nacional.
"Aonde que eu vou colocar as minhas clientes que são milionárias, que andam de carro importado? Você acha que as minhas clientes vão andar de salto alto de bicicleta?", reclama a comerciante Carolina Maluf.
A polêmica é sinal da disputa cada vez maior por espaço, cada vez maior nas cidades brasileiras. Se, com a melhora da economia, milhões de carros chegam às ruas a cada ano, a preocupação com meio ambiente e qualidade de vida está obrigando as cidades a repensar os meios de ir e vir.
Apesar de ter ampliado as ciclovias, São Paulo ainda tem poucas em relação ao tamanho da cidade, segundo uma pesquisa sobre mobilidade que levou em conta impacto ambiental e bem-estar da população. Entre nove cidades avaliadas, a capital paulista ficou em último lugar, com nota 2. Segundo o levantamento, é lá que as pessoas usam mais carros e motos para se deslocar.
"Automóvel está associado a congestionamento, a perda de tempo, que prejudicam no final de contas a qualidade de vida das pessoas", diz Thiago Guimarães, coordenador do estudo.
A pesquisa aponta as ciclovias como ponto fraco de Belo Horizonte e Porto Alegre. Em Salvador e Cuiabá, o maior problema é a tarifa de ônibus, considerada cara.
Natal tem poucos ônibus acessíveis a deficientes, um ponto forte de Curitiba. Brasília foi elogiada pelas ciclovias e criticada pelo número de mortes no trânsito.
E o Rio de Janeiro foi considerada a cidade onde há menor impacto ambiental porque mais pessoas usam transporte coletivo.
O mais difícil em São Paulo é convencer o motorista a deixar o carro de lado. Em um ponto, todo mundo concorda. Do jeito que está não dá. "Não há um meio de transporte que vá resolver a situação. Incentivar a combinação de viagens por bicicletas e por meios coletivos de transporte seria uma boa saída para São Paulo", avalia um morador.
Como não está presente em todas as capitais analisadas, o metrô não foi avaliado nesta pesquisa.
Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo), 5 de novembro de 2011

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Sucata no caminho (02/11/2011)

Lataria enferrujada e desconjuntada, luzes de freio ou direção queimadas, pneus carecas e fumaça indicando um motor em estado avançado de deterioração. Em pleno século XXI, carros com as característic (...)

De cara nova (03/11/2011)

O bairro da Bela Vista está em fase de profunda transformação. Construções antigas e populares dão lugar a empreendimentos imobiliários verticais, imóveis valorizados e mais serviços. De olho nesse bo (...)

rigir bêbado é crime, confirma STF (03/11/2011)

Em meio à discussão sobre lei seca e bafômetro, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão que passou quase despercebida, mas deve balizar novas sentenças e até garantir no futuro a punição de (...)

Moema ganha ciclofaixa permanente (04/11/2011)

São Paulo ganhou dia 5 de novembro sua primeira ciclofaixa permanente. Cerca de 1 metro de largura será reservado para o tráfego de bicicletas nas laterais de quatro ruas em Moema, bairro nobre da zon (...)

Há vagas 1 (05/11/2011)

O Nova América inaugura deck parking (estacionamento vertical) ainda este mês. Investiu R$ 60 milhões no projeto, que adicionou mil vagas cobertas ao shopping. Mês que vem, a Riachuelo inaugura loja d (...)


Seja um associado Sindepark