"O que sai do escapamento é vapor dágua", diz Alfredo Guedes Júnior, engenheiro e relações-públicas da Honda Automóveis do Brasil.
Ele explica que, ao deixar o tanque, o hidrogênio vai para um reator, onde ocorre um processo de fusão com o oxigênio retirado da atmosfera. Isso gera a energia que impulsiona o motor elétrico e abastece as baterias responsáveis por alimentar as demais funções do veículo.
Protótipo de um modelo semelhante já circula na Alemanha, na China, na Coreia do Sul, no Japão e em outras partes dos Estados Unidos. Batizado de Hydrogen, ele foi desenvolvido pela Opel, a subsidiária europeia da GM.
A empresa investiu cerca de R$ 3,5 bilhões em tecnologia nos últimos dez anos. A previsão é que o veículo seja lançado comercialmente em 2016.
Preço
O principal entrave à disseminação dos veículos com célula de hidrogênio, porém, é o preço. O modelo da Honda, por exemplo, só está disponível por leasing. Nos Estados Unidos, o contrato de três anos sai por cerca de US$ 600 (R$ 1.040) por mês.
Outro desafio é a inexistência de uma rede ampla de abastecimento de hidrogênio, que permita aos motoristas percorrer longas distâncias sem risco de parar.
Em países onde os protótipos já circulam, os postos adaptados à tecnologia ainda são escassos, mas a indústria estuda alternativas. Uma das opções em análise, na Alemanha, é usar o hidrogênio gerado pela indústria química, hoje desperdiçado, para alimentar a futura geração de veículos.
Outro segmento que recebe fortes investimentos é o dos carros elétricos e híbridos, que combinam motores a combustão e elétricos.
No início do ano, a Toyota anunciou que pretende lançar nos próximos dois anos 11 modelos híbridos.
Desde 1997, quando deu início à produção de seu primeiro carro do tipo, a empresa já vendeu cerca de 3 milhões de unidades no mundo.
Já a Ford prepara o lançamento do Focus Electric, primeiro veículo totalmente elétrico da empresa, que poderá ser carregado na tomada.
Fonte: UOL Notícias, 5 de novembro de 2011