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O acesso fácil ao crédito permite que cada vez mais famílias comprem carro. Dados divulgados ontem, dia 7, pela Associação Nacional das Empresas Financeiras e dos Bancos das Montadoras mostra que, em setembro, o total de crédito para aquisição de automóveis cresceu 13,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. O Crédito Direto ao Consumidor, uma das modalidades de financiamento, registrou alta de 33,3% em comparação a setembro de 2011. É muita gente comprando carro para pagar a prazo, analisa o Diário do Grande ABC. "Antes o diferencial para o brasileiro era ter a alimentação saudável, hoje, além de comer bem, é ter um carro", argumenta Silvestre.
Mas encontrar um meio para pagar o bem não basta, já que lista de custos para manter o carro sempre estará inclusa no orçamento do proprietário. Seguro, IPVA, estacionamento, manutenção, gasolina, depreciação e até multas são alguns dos itens. E incluir tudo na hora de contabilizar se tem condições ou não de arcar com todas as despesas é essencial para manter a vida financeira em ordem.
O consultor financeiro da Dinheiro em Foco, de São Paulo, Ricardo Fairbanks, mostra cálculo que ajuda a descobrir se vale a pena ter carro ou usar meios alternativos para chegar ao destino desejado, como táxi e transporte público, por exemplo. "Durante um ano, o proprietário desembolsa, em média, 32% do valor de mercado do carro com gastos que vão desde o combustível à manutenção", comenta o consultor. O único item que não entra na conta é o financiamento. "Algumas despesas são iguais independentemente do valor do automóvel, caso do estacionamento", comenta. De acordo com o consultor, quem tem automóvel no valor de R$ 30 mil, por exemplo, desembolsa, em média, R$ 991 por mês. O montante deve ser comparado ao custo de usar o táxi. Quem percorre 30 km por dia, por exemplo, em 22 dias gastaria R$ 1.650, valor maior que o custo para manter o veículo, claro, sem considerar o financiamento. Por outro lado, se a pessoa utilizar por 11 dias o táxi e pelos outros 11 dias o transporte público, gastará R$ 825 de táxi e R$ 63,80 de coletivo (considerando que a passagem custe R$ 2,90 para ir e mais R$ 2,90 para voltar). O total é de R$ 888. Nos dois cálculos o preço da quilometragem do táxi foi de R$ 2,50. "Quanto mais constante é o uso do carro mais sentido faz mantê-lo", comenta Fairbanks.
Contas
Mas não é fácil se desfazer do carro, mesmo após descobrir que os gastos com o bem são elevados. "Não é uma questão apenas financeira, mesmo que esteja gastando R$ 500 a mais, mas se sente bem e mais confortável, o consumidor irá preferir ficar com o automóvel", comenta Fairbanks. A dica, segundo ele, é pensar na despesa revertida em prazeres pessoais, como uma viagem.
Casal reduz gastos ao compartilhar um automóvel
A vida a dois pode aliviar os custos com automóvel. O casal que tem dois carros, mas escolhe ter apenas um, pode diminuir e muito os custos, isso porque o valor gasto com um automóvel será eliminado do orçamento e as despesas com o bem que optou por manter podem ser divididas entre duas pessoas. Se o custo mensal com cada veículo era de R$ 800, por exemplo, a partir de agora, o gasto individual será de R$ 200, economia de 75%.
Quem decidiu trocar de carro e comprar outro mais barato, com o objetivo de diminuir o valor desembolsado, deve prestar atenção. De acordo com Silvestre, um automóvel com dez anos de uso, por exemplo, custa entre 30% e 40% do valor de um zero-quilômetro, com marca e motor equivalentes. Mas em compensação os custos mudam. "O seguro e a manutenção, por exemplo, são proporcionalmente mais caros", comenta o consultor. Opção para quem viaja raramente, mas que tem receio de vender o carro e necessitar depois, é o aluguel do carro. A diária para locação de automóveis econômicos pode variar entre R$ 100 e R$ 140.
Só sobe
O gasto do brasileiro com transporte é bastante próximo ao da alimentação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os brasileiros com renda entre R$ 2.490 e R$ 4.150 desembolsam R$ 522,66 com alimentação, o que significa 30% do salário, e R$ 518,84 com transporte, 21% da renda mensal. Mas quanto maior a renda menor o gasto com alimentação em relação ao transporte. Quem ganha entre R$ 4.150 e R$ 6.225 gasta em média R$ 655,45 com alimentação e R$ 835,58 com transporte. "Isso prova que boa parte do gasto com transporte está relacionada ao automóvel, não transporte público", conclui o consultor Ricardo Fairbanks.
Fonte: Diário do Grande ABC (SP), 8 de novembro de 2011

Categoria: Geral


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