Parking News

Parada em fila dupla, no ponto de ônibus, no passeio ou com jeitinho na carga e descarga. Vale tudo para estacionar nas ruas de Belo Horizonte, que já tem uma frota de 1,5 milhão de veículos. O desrespeito pode ser comprovado pelos números: só em janeiro e fevereiro, 577 motoristas foram multados por dia, uma média de 24 a cada hora. O levantamento considera as infrações por estacionamento irregular no ranking das 20 mais cometidas no período. Foram oito tipos de irregularidades relativas a carros parados, que somaram 34.061 multas. As informações são do jornal Estado de Minas.
No caso de rodízio de vagas, mais de 50% dos motoristas não põem o talão do rotativo, segundo a BHTrans. O número de multas por estacionamento irregular só perde para o excesso de velocidade. Transitar acima da velocidade permitida, em até 20%, foi responsável por 79.408 registros. Ao todo, foram 217.501 multas no ranking das 20 mais cometidas.
Os números podem ser maiores, porque os dados se referem apenas às infrações flagradas pela fiscalização, e grande número foi registrado por radar. "O total de infrações chega a ser 300 vezes maior do que o de multas aplicadas", garante o coordenador de Projetos de Trânsito da BHTrans, José Carlos Mendanha Ladeira, referindo-se a uma pesquisa feita em 2008.
BH tem 20.800 vagas rotativas, suficientes para 92.636 carros por dia. A média da rotatividade nas 14 áreas onde a regulamentação já foi implantada é de 4,4 carros por vaga.
Na semana passada, o rotativo da região do Santo Agostinho foi revisado e, em seis quarteirões, o tempo de permanência foi reduzido de duas horas para uma hora. Outras 18 quadras passaram a ter a regulamentação. O motivo, segundo Ladeira, é aumentar as chances de parada em uma região com tantas demandas por serviço e comércio. "Fizemos um estudo e vimos que o tempo de parada era em média de uma hora", garantiu, dizendo ainda que o bairro vizinho Gutierrez está na lista para ter o rotativo implantado.
Subterrâneas e escassas
As vagas de estacionamento subterrâneo nem saíram do papel e já têm previsão de se tornarem mais escassas e caras. Criadas para abrigar 3,5 mil veículos em oito pontos de BH, elas terão o número reduzido, e a tarifa cobrada para estacionar ficará mais cara. As mudanças estão previstas no novo edital de licitação para construção dos empreendimentos por meio de parceria público-privada (PPP). A concorrência pública deve ser lançada em maio ou junho. Pelo edital anterior, o vencedor da licitação pagaria cerca de R$ 8 milhões aos cofres públicos para construir e manter os estacionamentos. Em contrapartida, poderia operá-los por 30 anos.
Fonte: Estado de Minas (BH), 19 de abril de 2013

Categoria: Geral


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