"Apresentamos primeiro para o público interno (policiais), para que eles conheçam, e já colocamos em execução. Já passamos também por Eldorado do Sul, Porto Alegre, Caxias do Sul, Vacaria e Passo Fundo", destacou o policial ao G1, por telefone, durante a fiscalização em Lajeado. Nos próximos dias, mais cidades devem ser visitadas.
A expectativa é que todo o estado conte com o Cinema Rodoviário até o fim do ano. O projeto é desenvolvido durante as abordagens aos condutores, tanto aos que cometem infrações como aos que não cometem. São realizadas orientações, autuações caso necessárias, exibição de filmes educativos e breve explanação dos policiais sobre a importância de comportamentos seguros no trânsito.
Para a execução, os policiais precisam de um notebook. Através do computador eles mostram a motoristas e passageiros os vídeos. Delegacias equipadas com televisores e aparelhos de DVD também podem utilizar os equipamentos para as apresentações. Segundo o policial Gustavo, a aceitação ao projeto é boa. "Eu, que venho de Brasília, venho para mostrar que realmente funciona. Como já tenho experiência venho mostrar que dá certo. O público, principalmente a pessoa que foi flagrada cometendo infração, se coloca na situação e esboça uma reação (ao assistir ao vídeo)", justificou.
O Rio Grande do Sul é o 11º estado a ter o projeto implantado, segundo o policial rodoviário federal. Há cinco anos a PRF trabalha no amadurecimento do Cinema Rodoviário.
A ação é realizada da seguinte forma: quando um veículo é abordado pela PRF em uma fiscalização, o policial rodoviário federal convida os ocupantes dos veículos a assistirem aos vídeos e a conversar sobre segurança no trânsito. Enquanto a documentação e os dados do veículo são conferidos, motoristas e passageiros participam do Cinema Rodoviário. "Convidamos a pessoa a sair do sol, mostramos um ou dois vídeos, e procuramos direcionar para o problema que ela apresentou", explicou.
No Rio Grande do Sul, durante as abordagens, Gustavo diz que utiliza como comparação com o alto número de mortes no trânsito a tragédia da boate Kiss. Em janeiro, um incêndio na boate de Santa Maria, na Região Central, deixou 241 mortos. "No trânsito morrem cerca de 110 pessoas por dia no Brasil. São 40 mil pessoas por ano", salientou.
A iniciativa, conforme a PRF, entra no contexto da Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para os anos de 2011 a 2020. A meta é reduzir em 50% as mortes em acidentes de trânsito.
Fonte: portal G1, 18 de abril de 2013