O centro da capital é uma das áreas mais complicadas para o motorista conseguir estacionar. "É praticamente impossível você chegar no Centro e conseguir estacionar", disse o contador Reginaldo Costa.
A área concentra repartições públicas, bancos e comércio. Por isso, é intenso o trânsito de veículos e a presença de flanelinhas também. Eles tomam conta das vagas de estacionamento. E, é claro, cobram por isso. Até os que não deviam, porque não são credenciados, cobram.
Às vezes, até quem pode cobrar também abusa. Nas vagas do estacionamento rotativo o motorista deve pagar R$1 por hora. Mas muitos guardadores de carros credenciados no sistema cobram o dobro.
Em São Luís existem cerca de 2 mil flanelinhas, mas apenas 30% deles trabalham de forma legal. A iniciativa para organizar o trabalho dos guardadores e lavadores de carros começou há dois anos, por meio de uma ação conjunta.
Eles foram registrados junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, como manda a lei federal que regulamentou a profissão desde 1975. Além disso, foram treinados, receberam noções básicas de relações interpessoais e de trânsito. Organizando a profissão, a tentativa era de reduzir os abusos e os conflitos entre motoristas e guardadores de veículos.
Os próprios guardadores de carros denunciam que há flanelinhas com crachá sem nunca terem sido cadastrados.
O delegado que coordena o trabalho de regularização dos flanelinhas reconhece a deficiência na fiscalização, mas afirma que será retomada, assim como o cadastramento de outros flanelinhas.
Mas, por enquanto em muitos pontos da cidade os abusos correm soltos. Os flanelinhas disputam os clientes no meio da rua. E, na falta de vagas, estacionam os veículos em fila dupla. Em qualquer lugar. Atrapalham o trânsito.
Fonte: TV Mirante (afiliada Rede Globo), 16 de abril de 2013