Muitos veículos permanecem estacionados durante o dia inteiro. Passageiros dizem que usam o estacionamento da USP por falta de opção.
"Se o metrô tivesse estacionamento, eu usaria", afirmou o administrador Carlos Cesar Correia da Silva, que deixa o carro durante o dia na USP, onde, à noite, cursa ciências sociais.
A estação Butantã não tem estacionamento e encontrar uma vaga próximo a ela pode custar R$ 30 por dia.
Na comunidade acadêmica, já há quem defenda que o acesso de veículos à USP passe a ser permitido apenas para quem tem vínculo com a universidade.
"Ser um estacionamento livre a céu aberto é a última das funções da universidade", diz o professor do departamento de engenharia de energia e automação elétricas Eduardo Mario Dias.
"Se continuar esse movimento, talvez (exista) a possibilidade de colocar adesivos no vidro (dos carros), como em alguns condomínios", afirma a pesquisadora do Museu da Educação e do Brinquedo da USP, Fernanda Cristina Pedrinelli.
A opinião, no entanto, não é unânime. Apesar de admitir que "a universidade virou um grande estacionamento", o professor aposentado da Faculdade de Educação João Pedro da Fonseca não aprova que se tome nenhuma medida restritiva.
"Colocar cancela eu não concordo. A USP não pode ficar isolada da cidade como um todo. Isso é um problema urbano."
Fonte: Folha de S. Paulo, 7 de maio de 2012