"Cheguei antes um pouquinho, infelizmente", fala um caminhoneiro. "Pensei que o trânsito estava complicado e cheguei meio cedo", argumentou outro caminhoneiro.
O cálculo é para entrar na Marginal Tietê na hora certa. No local, os caminhões não podem circular entre 5h e 9h e 17h e 22h. Um sistema já adotado no Rio de Janeiro para diminuir os congestionamentos. Em São Paulo, a multa é de R$ 85.
"Tem que esperar, senão não dá, a canetinha come", fala um motorista.
Mas esperar no acostamento também dá canetinha.
"Eles me autuaram porque não podia parar aqui", explica um homem.
O caminhoneiro ganha três pontos na carteira.
"Ele é obrigado a sair do local. Caso algum veículo tenha que parar por motivo de força maior, ele pode até provocar algum acidente de trânsito", diz o capitão da Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo Elvis de Souza.
Nas estradas federais, a Polícia Rodoviária diz que não tem pessoal suficiente para fiscalizar tudo, mas alerta que é importante manter os acostamentos livres.
"Para os carros de resgate, para os carros de socorro. Se estiverem ocupados, como é que o médico vai chegar ao local do acidente?", questiona o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Mardilher Ribeiro.
Às 9h, o comboio do acostamento pode seguir viagem.
Um dos momentos mais perigosos dessa prática dos motoristas para escapar da infração em São Paulo é o momento em que eles voltam para a pista, aponta o G1. São veículos pesados que saem em baixa velocidade. Tem carros e caminhões pela rodovia e eles precisam frear para que esses veículos então possam voltar para a pista.
"Parece uma saída de uma boiada", define outro motorista.
E bastam alguns minutos de porteira aberta para que a Marginal Tietê fique engarrafada.
Fonte: portal G1, 4 de maio de 2012