Uma professora que mora no bairro Jaqueline, na Região Norte de Belo Horizonte, trabalha em uma escola no bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da capital. Para percorrer 20 km ela gasta cerca de duas horas de carro, enquanto poderia gastar meia hora sem retenção no trânsito.
O problema é enfrentado também na volta para casa de outra pessoa que precisa usar o ônibus do bairro Santo Agostinho ao Nova Pampulha, em Vespasiano, na Grande BH. O primeiro transtorno encontrado é a lotação do meio de transporte. Depois de um dia inteiro de trabalho, a auxiliar de serviços gerais precisa ir em pé por falta de assento, por quase uma hora. Ao descer, ainda precisa caminhar por dez minutos para chegar à casa. No total, são mais de duas horas para finalizar o percurso.
O acompanhamento de metrô não foi diferente. Uma analista de recursos humanos sai do bairro Carlos Prates, na Região Noroeste, e segue para Venda Nova. Ela também vai em pé, e passa por doze estações até chegar a sua. Com tantas paradas, o trajeto se completa após uma hora.
O governo federal já liberou mais de R$ 2 bilhões para obras do metrô da capital. O início do processo licitatório, para os trabalhos de topografia e sondagem, está previsto para este mês.
Fonte: portal G1, 3 de maio de 2012