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Uma cena tem sido cada vez mais comum no trânsito de São Paulo: carros sem identificação surgem em alta velocidade e pedem passagem usando sirenes e luminosos. Mas esses veículos nem sempre são dos serviços de emergência. Por dia, pelo menos três motoristas são multados em São Paulo por usar os aparelhos indevidamente. As infrações aplicadas pelo uso de equipamentos proibidos nos carros têm crescido. No ano passado, foram 1.188 multas ante 979 em 2010, aumento de 21%, segundo o Jornal da Tarde.
As vias onde a Polícia Militar mais flagra motoristas indisciplinados são as Avenidas 23 de Maio e do Estado e as Marginais do Tietê e do Pinheiros.
O capitão Paulo Oliveira, responsável pelo Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), explica que não existe uma operação específica para identificar falsos carros de emergência, mas, se pegos, a multa para os infratores é de R$ 127,69 e o motorista recebe cinco pontos no prontuário da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Nas ruas, muitos motoristas ficam em dúvida na hora de abrir caminho aos supostos carros de emergência.
O capitão Oliveira recomenda ao motorista dar passagem sempre, pois quem se recusa corre o risco de ser multado. Para o oficial, é necessário avisar o serviço 190 apenas se o carro fizer manobra que possa causar acidente.
Comércio
A polícia afirma que a venda dos equipamentos não é proibida. Na Rua Santa Ifigênia, no centro da capital, o giroflex e a sirene são encontrados em várias lojas, por preços que variam entre R$ 45 e R$ 65. O comprador não precisa apresentar documento algum para adquiri-los.
Os dispositivos têm uso restrito a veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, aos da polícia e às ambulâncias, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A lei prevê também a instalação de giroflex em carros prestadores de serviços de utilidade pública, como os de manutenção e reparo de redes de energia elétrica, água, gás, guinchos e escolta. O equipamento só poderá ser instalado com autorização do Departamento Estadual de Trânsito.
Motos
Segundo Oliveira, nos últimos meses, os dispositivos também vêm sendo usados em motos de passeio. "Acontece bastante. A pessoa está no trânsito, ouve uma sirene e, quando olha, aparece uma moto", conta. A maioria é gente que quer burlar o congestionamento.
Fonte: Jornal da Tarde, 7 de maio de 2012

Categoria: Geral


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