De acordo com a psicóloga Nadja Chouvet, a nomofobia afeta principalmente as relações entre as pessoas, já que quem sofre desta fobia vive apenas a realidade que está dentro do aparelho. "Hoje, com as dificuldades dos grandes centros por conta de assaltos, eles estão ficando vinculados aos veículos de comunicação, e isso é muito ruim, porque se afastam da família, dos amigos, não trabalham a relação diretamente", diz.
A nomofobia afeta pessoas de todas as idades, mas os jovens estão mais propícios por causa das novidades tecnológicas voltadas para este público. Os smartphones são os preferidos dos adolescentes. "Eles preferem ficar conversando pela internet do que sentar e discutir o assunto. Ali você mente, cria, fantasia, coloca foto falsa, ou seja, é um mundo de fantasia que envaidece o jovem", afirma a psicóloga.
Especialistas alertam: não é só porque a pessoa não consegue deixar o celular em casa que sofre de nomofobia. A doença só é diagnosticada em pessoas que não conseguem estabelecer relações umas com as outras sem estar com o aparelho em mãos. O ideal é saber administrar o uso dos celulares para que eles não atrapalhem a rotina do dia a dia.
Fonte: portal G1, 3 de maio de 2012