Uma experiência que tende a ajudar nessa transformação social é a existência de locais junto às estações de metrô onde os usuários do transporte individual podem estacionar seus veículos a preço acessível e, a partir dali, seguir usando a malha metroviária. A capilaridade do metrô ajuda essa prática, pois o usuário pode se deslocar até bem mais próximo de seu destino usando apenas os trens.
O problema é que as áreas de estacionamento estão mal distribuídas, com algumas unidades operando aquém de sua capacidade e estações que não as têm necessitando urgentemente do serviço, opina José Almeida Sobrinho, presidente do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro de Ciências do Trânsito.
Pessoas que trabalham em São Paulo e moram em outras localidades certamente optariam por ir ao trabalho pelo metrô, se dispusessem de estacionamentos em estações de fácil acesso, como as que ficam próximas das rodovias que chegam a São Paulo.
Seus veículos, se deixados nas entradas da cidade, reduziriam o volume de tráfego no centro, o que ajudaria a evitar congestionamentos.
O Metrô deve analisar e corrigir equívocos cometidos no passado, pois a proposta é imprescindível para a migração do transporte individual para o coletivo.
Fonte: Folha de S. Paulo, 7 de maio de 2012