Segundo o administrador de empresas e proprietário da página no Twitter, que prefere se identificar apenas como Murilo, os seguidores estão sendo informados onde os marronzinhos estão escondidos hora a hora. "Qualquer fiscalização obscura será denunciada, pois entendemos que a multa deve ser o último recurso e sequer uma campanha educativa foi feita antes de se colocar os radares-pistola nas ruas", diz Murilo.
Atualmente, a página direcionada às blitze da Polícia Militar tem mais de 50 mil seguidores. "Prestamos inúmeros serviços de utilidade pública. Informações sobre o trânsito, acidentes, condições das estradas, alagamentos, semáforos quebrados, falhas em trens e metrô, queda de árvores, falta de luz, vazamentos de gás e até assaltos", afirma.
A fiscalização dos radares-pistola começou no mês passado e tem como prioridade identificar motocicletas rodando acima do limite de velocidade permitido. Geralmente, os marronzinhos ficam sobre pontes e viadutos. Os flagrantes ainda serão processados e se transformarão nas primeiras multas aplicadas pelo modelo de aparelho na capital.
Quando lançou o projeto, a CET justificou que, com isso, seria possível reduzir as mortes envolvendo motos. Em nota, a CET informou que a fiscalização com seis radares-pistola está sendo realizada em 65 pontos da capital em sistema de rodízio.
Esses equipamentos registraram 9.344 flagrantes de motociclistas que excederam o limite de velocidade, no período de 26 de março - quando iniciou a fiscalização - até 26 de abril.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 7 de maio de 2012