Neste ano, mais um local ganhou semáforo. Cada equipamento custa R$ 9 mil, enquanto uma rotatória não sai por menos de R$ 12 mil. Em conta rápida, do ano passado até agora foram gastos R$ 144 mil (fora manutenção e energia elétrica) com sinalização que seria dispensável, caso o motorista respeitasse as leis de trânsito. Segundo o presidente da CET, Rogério Crantschaninov, todos os locais já contavam com placas, pintura no chão, estreitamento de via e até painéis. Mesmo assim, o índice de acidentes continuava alto. "O motorista brasileiro, no que diz respeito à sinalização de trânsito, é muito displicente. Nos Estados Unidos e na Europa, se você não para onde tem a placa, a multa é altíssima", afirma Crantschaninov. O presidente da CET ressalta que, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), avançar na placa de Pare é equivalente a passar no sinal vermelho. "É o mesmo artigo, a multa é igual. Mas o motorista já tem aquele vício de chegar no cruzamento e não parar o veículo. Coloca a segunda marcha para aproveitar o embalo e atravessar. É assim que o acidente acontece".
Para a implantação de semáforos ou rotatórias, são avaliados o histórico e a gravidade de acidentes no local. Também é feita uma contagem para verificar o número de veículos que trafegam no trecho. Com essas informações é possível definir o melhor tipo de intervenção. "Se o fluxo não é tão grande e equivale em todos os sentidos, a opção é por rotatória. Agora, se existe uma tendência maior em uma das vias do cruzamento, o semáforo é mais indicado", explica Crantschaninov. Nos locais onde as rotatórias foram implantadas, a redução de acidentes chegou a 70%, de acordo com a CET.
Fonte: A Tribuna (Santos-SP), 1 de fevereiro de 2012