Como resultado, a relação de preços entre o litro do álcool e da gasolina melhorou na última semana de janeiro, ao atingir 69,3%. Na média do mês, esse percentual ficou em 70,8%, o que, segundo especialistas, torna desvantajoso o abastecimento com etanol. Para Comune, o recuo do etanol em relação a dezembro é explicado por uma maior importação desse combustível durante a entressafra de cana-de-açúcar, assim como por uma demanda mais fraca. "Não é só a substituição pela gasolina que explica isso. O consumo em termos quantitativos também caiu", disse, durante apresentação do IPC-Fipe de janeiro. Ele lembrou que, em 2011, a safra de cana começou com um mês de defasagem, o que acabou influenciando os preços ao longo de todo o ano.
O economista acredita que a queda de preços neste combustível pode se acentuar no final de fevereiro, quando deve ter início a nova safra.
A deflação do etanol, contudo, está tendo pouca influência no grupo transporte, que avançou de 0,23% para 0,31% entre dezembro e janeiro. A alta foi puxada pelo subgrupo outras despesas com transporte, que deixou queda de 0,01% em dezembro para elevação de 1,54% no mês passado. Segundo Comune, pesaram em janeiro despesas como licenciamento, seguro e renovação da habilitação.
Fonte: jornal Valor Online, 2 de fevereiro de 2012