A reportagem do Jornal da Tarde realizou levantamento com os cinco principais sindicatos e associações de empresários de fretados sobre mudanças nas rotas. As vias do entorno da Zona Máxima de Restrição de Fretamento (ZMRF), área com 70 km², foram apontadas como principais caminhos, principalmente a Avenida Bandeirantes por quem vem do sul e Avenida do Estado por quem chega pelo leste.
Os ônibus que fazem a linha zona leste-Avenida Paulista, por exemplo, seguiam pela Radial Leste, passavam pelo Ipiranga até caírem na Consolação e Avenida Paulista. Agora, os veículos têm de pegar a Avenida do Estado e contornar a área até a Marginal do Tietê. Depois, seguem até a ponte de acesso à Avenida Sumaré, onde entram para o ponto de embarque. "O caminho pelas marginais é mais demorado e depois fica um trânsito grande na Sumaré. Mas é o caminho que temos para atender os clientes que trabalham na Paulista", diz o diretor da Assofresp, Geraldo Maia.
O acesso pela Avenida Sumaré é o que mais tem provocado reclamações de moradores. Em média, 150 ônibus fretados utilizam por período esse ponto de embarque e desembarque.
Outras rotas alternativas são apontadas por Pompeia, Perdizes e Alto da Lapa. O resultado é que a Avenida Pompeia acabou ainda mais congestionada pela manhã, principalmente no entroncamento com a Avenida Francisco Matarazzo. No caminho até a Vila Madalena, as viações cortam ruas residenciais do Alto de Pinheiros.
No caminho até a Ponte da Cidade Universitária, os ônibus da viação Santa Cruz vindos de Campinas também cortam o Alto de Pinheiros por ruas que não costumavam receber esse tipo de tráfego.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que monitora as novas rotas e o desempenho das vias usadas pelos fretados. "Como tudo o que é novo, o sistema de fretados ainda está se adaptando às novas regras, adequando diariamente seus trajetos."
Fonte: Jornal da Tarde (SP), 13 de agosto de 2009