A reportagem da Agência Estado percorreu 38 km de vias na semana terminada no dia 9 e encontrou dezenas de situações irregulares envolvendo sinalização. Todas praticadas por moradores ou comerciantes, sem aval da Prefeitura.
O bloqueio de vagas em pontos onde não há Zona Azul é a situação mais comum.
Na Rua Doutor Albuquerque Lins, na região central, já existe até um "esquema" para reservar vagas. Toda vez que um morador tem de deixar o carro na rua, o condomínio aciona, por rádio, o vigia da redondeza. Ele desloca um cavalete de madeira da calçada para a via e pronto: "É só por uns cinco minutos", disse o vigilante, pago por três prédios situados perto da esquina com a Alameda Barros.
A reportagem encontrou cones, bloco de concreto, caixas de tinta com cimento e até duas mesas sendo usadas para reserva de vagas. O engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), explica que é perigoso pôr qualquer equipamento no meio da pista. "O objeto muitas vezes não é visível, ou seja, não é adequado para ficar ali."
Fonte: Agência Estado, 9 de junho de 2012