À época, existiam apenas as rodoviárias da Luz - desativada em 1982, após a criação do terminal Tietê - e do Jabaquara, inaugurada em 1977.
A rodoviária da Barra Funda veio em 1982. Agora, os terminais completariam o plano, que passou por várias atualizações, a última em 2004.
A prefeitura, que contratou os projetos das rodoviárias por R$ 22 milhões, espera 28 mil passageiros e 250 partidas por dia em cada uma.
A estimativa é bem otimista. Os terminais existentes recebem 17 milhões de pessoas ao ano - ou 46,5 mil/dia -, quase a metade dos 32,1 milhões que atraíam em 1990.
Segundo a Socicam, que administra os três terminais, a média de passageiros por ônibus caiu no período de 33,6 para 23,9. O Tietê, maior rodoviária da América do Sul, opera com 22,5% da capacidade, melhor desempenho entre as três.
Metas
A prefeitura afirma que haverá menos ônibus nas ruas, o que deve provocar alívio em várias vias importantes, principalmente nas marginais, e redução do tempo de viagem.
A iniciativa, que consta do plano de metas de Kassab, deve enfrentar resistência também de moradores dos bairros. "Essa ideia foi colocada na gestão da Marta Suplicy e foi bastante polêmica", diz Márcia Vairoletti, diretora do Movimento Defenda SP.
Para ela, a rodoviária da Vila Sônia vai agravar o problema de trânsito. "Você coloca outras atividades no entorno, mas as avenidas continuam do mesmo tamanho."
Vila Sônia ficaria com as linhas do Sul do país e de cidades a oeste da capital, como Osasco, Barueri e Sorocaba. Itaquera concentraria, entre outras, as partidas para o Vale do Paraíba e litoral norte.
Os terminais atuais são do Metrô, que não quis se pronunciar. Os novos também serão conectados a estações metroviárias - além de terminais de ônibus urbanos.
Segundo Santos, a queda de usuários ocorre em todo o país por vários fatores, como a maior facilidade para comprar carros e o aumento do uso de fretados e aviões.
Fonte: Folha de S. Paulo, 8 de junho de 2012