Parking News

Morar um pouco mais longe do centro é uma opção de vida que depende da eficiência dos transportes. Na terceira reportagem especial da série sobre o tema, do Bom Dia Brasil, você acompanha as barcas que fazem a travessia Rio-Niterói. São pouco mais de dez quilômetros de distância e sufoco. Os repórteres André Curvello, Alex Carvalho e Lucas Louis embarcaram nessa viagem.
O Bom Dia Brasil foi à Praça Quinze, na Estação das Barcas, no centro do Rio, para mostrar a travessia pela baía de Guanabara até Niterói. O percurso marítimo existe desde 1835. Em mais de 170 anos, muita coisa mudou. E hoje muita gente depende desse tipo de transporte.
As roletas são travadas quando o salão de entrada superlota. De acordo com a concessionária, Barcas SA, 100 mil passageiros por dia usam esse serviço. "A multidão é normal. Inclusive, em dia de sexta-feira, se torna muito mais caótico", diz um jovem.
A idade média da frota é de 26 anos. As duas barcas mais antigas já passam dos 60.
Às 17h30, embarcamos na Vital Brasil, barca de 1962, com capacidade para dois mil passageiros. Ela é uma das barcas chamadas de tradicionais pela concessionária. Mas os 50 anos de navegação trazem consequências para os passageiros.
O cansaço é evidente. E para amenizar o desconforto da viagem, só mesmo a beleza da paisagem. Franciny Dark estuda música no Rio. A volta para casa é sentada no chão e abraçada ao violino. "Venho aqui fora, porque lá dentro é quente e também não tem conforto nenhum. Então, a gente vem aqui fora que é mais fresquinho e vai aproveitando a vista", revela.
A estudante Débora de Souza revela que usa a barca todo dia e lamenta: "O preço aumentou, o serviço continua de péssima qualidade. Nós enfrentamos filas quilométricas todos os dias para conseguir entrar nas barcas. Quando a gente finalmente entra, vem em pé. Aqui tem este cheiro de xixi. É horrível, insuportável", critica.
Depois de um dia de trabalho e de estudo, as pessoas cansadas optam por sentar nas escadarias da barca. Não é seguro nem é permitido, mas para muita gente é o jeito.
Meia hora de travessia é o suficiente não só para ler algumas páginas, mas também para perder a paciência. "Se amanhã você for filmar tanto na Estação Araribóia ou na Estação da Praça Quinze, você vai ver a fila quilométrica. Quando o Bilhete Único, que é um benefício, cai o sistema, vira um caos mesmo", conta a estudante Priscila Quirino.
Não é que a profecia da Priscila se concretizou? Se ninguém mais se espanta, é porque o absurdo já é tratado com normalidade. Imagens do Globocop mostram as filas na Estação Araribóia, em Niterói, enfrentadas por quem queria chegar ao Rio na manhã de quarta-feira passada.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (Rede Globo), 6 de junho de 2012

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Vendas de motos caem 13,1% no ano (06/06/2012)

O mercado de motos acumula uma queda de vendas no atacado de 13,1% este ano, e queda também (menor) na produção: 9,7%, considerando o acumulado janeiro-maio em relação ao mesmo período do ano passado. (...)


Seja um associado Sindepark