Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef, ressalta que o aumento no custo do "funding" (captação) é imediato, mas o momento e a intensidade do repasse para o consumidor dependem de cada empresa.
A inadimplência para atrasos acima de 90 dias caiu de 3,9% para 3,8% entre abril e maio, atingindo o menor patamar desde setembro de 2008, quando houve o agravamento da crise global.
Emprego
Segundo Almeida, esse indicador é mais influenciado pela atividade econômica do que pela taxa de juros. O executivo cita o aquecimento do mercado de trabalho como um dos fatores determinantes, já que eleva a confiança do consumidor. A taxa de desemprego está em 7,5%, a menor para meses de maio desde o início da série do IBGE, em 2002.
As carteiras de CDC e leasing para a aquisição de veículos por pessoa física atingiram R$ 166,6 bilhões, com alta de 14% ante maio de 2009.
Na avaliação de Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (federação das concessionárias), o impacto dos juros será pequeno nas vendas porque influencia pouco o valor da prestação e o consumidor ainda pode ampliar o prazo de pagamento para fazer a parcela caber no orçamento. De acordo com a Anef, os planos médios de financiamento estão em 42 meses, um a menos do que em abril.
Fonte: BOL Notícias, 30 de junho de 2010